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Aproximações da pedagogia da alternância com a escola nova

Por:   •  21/12/2020  •  Trabalho acadêmico  •  1.479 Palavras (6 Páginas)  •  201 Visualizações

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Esta análise refere-se ao trabalho desenvolvido pela autora Alcione Nawroski na UFSC, cujo título denomina-se “Aproximações da pedagogia da alternância com a escola nova”. Este trabalho está inserido no campo da pedagogia, curso pelo qual esta análise foi desenvolvida. Têm a estrutura de artigo científico e aplicado no IX ANPED SUL no ano de 2012. Seu contexto principal vem tratar da educação para os povos do campo e está baseado em três trabalhos produzidos a nível de pós-graduação por Paolo Nosella com orientação do Prof. Dr. Dermeval Saviani em 1997; Lourdes Helena da Silva com orientação da Profa. Dra. Maria Laura P. Barbosa Franco em 2000 e por João Batista Pereira de Queiroz com orientação do Prof. Dr. Yves Chaloult em 2004. O atrativo principal deste artigo está baseado na ideia “ethos”, onde a autora nos deixa a entender que estes são trabalhos confiáveis por causa de méritos acadêmicos em se tratando de trabalhos a nível de pós-graduação.

A tese do trabalho de Nawroski afirma que a pedagogia da alternância vem contribuindo bastante ao despertar interesse pela escola aos filhos dos camponeses à medida que se contrapõe a educação tradicional. Afirma ainda que desta forma também incentiva a participação da família que por meio da vida que levam na propriedade também podem estar colaborando na elaboração de novos conhecimentos. A Autora ainda nos deixa claro que este tipo de pesquisa, sobre pedagogia da alternância, carece de mais pesquisas capazes de possibilitarem maiores reflexões com vistas a qualificação do seu trabalho.

Nawroski teve um bom embasamento teórico indo atrás de boas referências como o autor Gimonet citado no quarto parágrafo do seu artigo, conhecido como um dos principais autores que discute a temática da pedagogia da alternância. Para a construção deste trabalho a autora se utilizou de vinte e seis fontes, entre livros e publicações na internet, dando maior credibilidade ao seu artigo. O artigo conta com um tabela onde constam os objetivos dos três autores ao desenvolverem suas teses e está dividido em breves tópicos à respeito dos três trabalhos mencionados anteriormente como base de pesquisa. Construído de forma muito informativa, podemos perceber como a pesquisa de Paolo Nosella foi importante para o sucesso de Nawroski por se tratar da primeira dissertação de mestrado defendida sobre a temática em 1977 na academia brasileira e serviu de referência aos demais pesquisadores, ou seja, sem esta iniciativa por parte de Nosella, não poderíamos garantir que hoje mesmo sendo poucas, teríamos fontes confiáveis de conhecimento sobre o tema. Os trabalhos apontam para uma análise sistematizada da pedagogia da alternância a fim de compreender sua proposta educativa na escolarização daqueles que residem no campo. A diferença entre os trabalhos pesquisados se dá pelo fato de que o primeiro (Nosella) se esforça para sistematizar a recente proposta chegada ao Brasil na década de 60; o segundo (Lourdes Silva) busca compreender as representações nas relações sociais entre escola e família; e, o terceiro (João Queiroz) verifica a implantação desta proposta educacional no ensino médio profissionalizante. A consistência dos trabalhos está no fato de se apoiarem à pesquisas estrangeiras, especialmente francesas e italianas.

No artigo de Nawroski podemos encontrar pontos discutidos pelos três autores em seus trabalhos, este é um ponto positivo por permitir ao leitor, de forma resumida, conhecê-los sem ter que largar a leitura, correndo o risco de se perder nas extensas ideias caso leia o trabalho completo. No trabalho de Nosella (1977) temos questionamentos sobre como as EFAs estão se consolidando na América Latina, em especial no Brasil e Argentina. O autor ainda levanta alguns questionamentos referentes ao tema a faz sua pergunta principal. O autor aborda questões de relevância para a educação a partir da realidade brasileira em que constantemente menciona o diálogo, a cooperação e a conscientização como formas de libertação do opressor. A ideia central do trabalho de Nosella é que a pedagogia da alternância chegou ao Brasil para levar aos oprimidos a libertação pela educação, tendo em vista a precariedade das pessoas que viviam na região do Espírito Santo. Como uma primeira obra sobre pedagogia da alternância, este é um trabalho muito bem elaborado e nos mostra boas citações de Paulo Freire (2005).

No estudo de Lourdes Helena da Silva (2000), a pesquisadora investiga as relações representacionais em uma EFA e uma CFR, onde no decorrer do seu trabalho são salientadas as diferenças entre ambas, principalmente no modo de organização dos conteúdos, tempos e espaços. A autora nos mostra que as EFAs priorizam a educação em relação ao trabalho, já as CFRs priorizam o trabalho em relação à educação. Este se mostra também um grande trabalho produzido sobre um tema que ainda não foi tão explorado, dando maiores fontes de conhecimento para quem se interessa pelo assunto. Aqui, também é perceptível que a pesquisa bibliográfica do trabalho está embasada em um grande autor, Silva.

Ainda se utilizando da ideia “ethos”, Nawroski já inicia o tópico sobre a pesquisa de Queiroz (2004) nos informando suas fontes de pesquisa e embasamento teórico, que são Freire, Gramsci e Pitrask que já publicaram excelentes artigos para o ramo da educação. Neste estudo Queiroz (2004) aponta alguns desafios da Pedagogia da Alternância, tais como a formação dos monitores, onde entre professores e monitores, somente 49% participam de uma formação em Pedagogia da Alternância. Falta de certificação dos cursos das CEFFAs e a pouca habilidade em se apropriar e utilizar os instrumentos pedagógicos. No final de seu artigo, Queiroz destaca que a escolarização das EFAs visa suprir uma defasagem que até a década de 90 não vinha sendo atendida, isto é, o ensino médio era praticamente inexistente no campo. Queiroz sinaliza que a pedagogia da alternância precisa ser dinâmica e audaciosa a fim de superar a educação tradicional.

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