Artigo pós graduação pedagogia

A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA INFANTIL NA PRÉ ESCOLA.

Ivonete Marceliano Marcon

ivonete.marcon@posgrad.fmpsc.edu.br

Juliana Costa Muller

RESUMO

PALAVRAS-CHAVE- Literatura infantil, Pré – escola, Papel do professor.

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo relatar a importância, da literatura infantil na pré-escola. É essencial que as crianças desde muito pequenas tenham acesso aos livros, para com isso estimular seu interesse pela leitura, quando uma criança manuseia um livro, ela entra em contato com arte, o desenho, as cores, além a aguçar sua imaginação, a atenção, a concentração e com isso criar novas relações com seus sentimentos e visões de mundo, a criança pensa, age de diferentes formas, quando entra em contato com a leitura, pois adquire confiança e se sente capaz de dominar suas emoções.

Para criança a leitura é fundamental pois demonstra sua realidade em forma de fantasia, criando cenários de imaginação, viajando a cada história para lugares diferentes, enchendo-se de emoções, alegrias, encantamentos, o que o traz prazer, tornando-se uma forma de lazer.

Ao ler um conto, ouvir uma história, são atividades que criança pode exercitar diferentes formas falar, de viver, de pensar, além de descobrir seus costumes, cultura e valores, em tempos e espaços diferentes do seu. A leitura traz inúmeros benefícios para o leitor, pois aflora a linguagem, a amplia o vocabulário, incentiva a criatividade e estimula as vivências do mundo de “Faz de Conta”, desenvolve a audição, a percepção, a atenção, a autonomia, o interesse, a capacidade de recontar, criar e recriar um conto.

Crianças que têm acesso a livros desde muito pequeno, onde a família tem a cultura de leitura, conquista outras oportunidades, com grande facilidade de se tornar um leitor, em quanto aqueles que só terram o contato com os livros na pré-escola encontraram mais dificuldades ao se expressar,

1. DESENVOLVIMENTO

Ao realizar a pesquisa bibliográfica sobre alguns autores, relatamos a dimensão da Literatura Infantil na Pré-escola, assim como a instituição escolar e familiar precisam apoiar, proporcionar, instigar a leitura, bem como, que a criança se sinta cativada pelos diversos gêneros de literatura e desta forma, imergir no mundo da leitura e assim gerando cultura.

Será evidenciado neste caso as concepções sobre formas, objetos, métodos que irão proporcionar assistência aos profissionais de educação para que consigam tornar a Literatura Infantil mais atrativa para os pequenos leitores.

A Literatura Infantil trabalha com as crianças as formas de elucidar e assimilar   os diversos delineamentos do mundo e podendo usá-lo como ponte para a imaginação. A literatura amplia as possibilidades de conversa com seres que jamais encontraremos frente a frente. Por intermédio dela o indivíduo pode viajar e contemplar lugares surreais, assumindo, o papel do personagem vivendo em mundo mágico de histórias fantasiosas.

"A Literatura é, assim, a vida, parte da vida, não se admitindo possa haver conflito entre uma e outra. Através das obras literárias, tomamos contato com a vida, nas suas verdades eternas, comuns a todos os homens e lugares, porque são as verdades da mesma condição humana (COUTINHO)."

Um dos fatores cruciais do por que é importante transmitir as histórias/contos para as crianças, é que elas possibilitam o conhecimento e o contato com diversas realidades desconhecidas. O trabalho com a literatura deve ser diário, tendo como objetivo o desenvolvimento do prazer pela literatura, promovendo momentos em que os alunos possam ser estimulados a imaginar, a dialogar, criar e envolver-se com o conto.

Para tanto, definir e concretizar a literatura em sala e fazer com que ela se efetive em todos os momentos, se faz necessário conscientizar os pais, educadores e sociedade em geral sobre à leitura de todos os níveis, não só a leitura das letras que deve estar sendo vivenciada na infância, ou seja, a leitura associada ao ato do brincar faz parte de uma aprendizagem prazerosa não sendo somente lazer, mas sim, um ato de aprendizagem.  Dentre os autores que definem a Literatura Infantil, destacamos as palavras de Carlos Drummond de Andrade:  

O gênero literatura infantil tem a meu ver existência duvidosa. Haverá música infantil? A partir de que ponto uma obra literária deixa de constituir alimento para o espírito da criança ou do jovem e se dirige ao espírito adulto? Qual o bom livro para crianças que não seja lido pelo homem feito...? Será a criança um ser a parte? Ou será a literatura infantil de mutilado, de reduzido de desvitalizado – porque coisa primaria, fabricada na persuasão de que a imitação da infância é a própria infância. (ANDRADE apud GÒES, 1995, p.5)

Assim, por meio da literatura a criança muitas vezes encontra, além de diversão, caminhos, possibilidades e reflexões internas que alimentam sua vida emocional.

1.  Contextualização da Literatura Infantil.

Para começarmos a falar de infância em todos os sentidos devemos efetuar uma breve e imprescindível revisão sobre os estudos comprometidos com a história da infância e da educação. Teremos em vista buscar no decorrer do texto apontar as diferentes abordagens e interpretações sobre os fenômenos e acontecimentos que envolvem a infância.

Para obtermos uma melhor concepção de infância e de seus direitos como criança, devemos retornar o percurso histórico da infância para verificarmos esta construção, pois sabemos que as crianças sempre existiram no decurso da humanidade, porém o tratamento dado a ela e o modo de conceber seu universo sofreram alterações significativas ao longo dos séculos.

Segundo Ariés, (1981):

 A descoberta da infância ocorre na modernidade, fundada em um novo sentimento de cuidado, proteção e educação, e apenas no século XX que a infância se torna uma realidade de fato um fenômeno social. Viajando pela história, deparamo-nos com diferentes maneiras de se entender a infância a forma em que cada indivíduo depende do contexto histórico, dos acontecimentos vivenciados, da ideologia, enfim, de diversas influencias sociais. Que estão atreladas ao modo que determinada sociedade compreende os sujeitos de sua época. Historicamente, o reconhecimento da criança sempre foi muito mais dela como um objeto do que um como sujeito: o que realmente era considerado eram as formas propostas para seu desenvolvimento, e educação, estabelecidos pela família e escola.

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