As Teorias da Gestão Escolar e sua Influência nas Escolas Públicas Brasileiras

Resumo sobre “As teorias da gestão escolar e sua influência nas escolas públicas brasileiras”

A teoria clássica relatada por Leão (1953), defende a tese de que o diretor era o defensor da política educacional e, que o mesmo era um representante oficial do Estado. Uma análise nesse viés aponta para à manutenção do modelo social, político e econômico vigente, ou seja, vivido em defesa do capitalismo, que impõe a educação a produção do capital, ligado aos interesses das classes dominantes. Tanto, que o diretor escolar era escolhido por um político, com o papel de representação imediata da administração pública. Com a ocupação do cargo dessa forma, o diretor confundia direção e administração escolar, com identificação de problemas e a centralidade de soluções em sua figura.

Já Ribeiro (1952) afirma que a administração escolar deve se sustentar na busca por fundamentos nas atividades próprias da escola, não desconsiderando, no entanto, administração científica aplicáveis à mesma. Nesse contexto, entende-se a administração escolar, que vivendo as alterações históricas, tem como objetivo o resultado de amplo processo coletivo de discussão e de ações, em que possam confrontar diferentes concepções de educação e de sociedade, respeitando a escola como um espaço específico, ou com funções e natureza específica.

. Anísio Teixeira ressalta o despreparo da Administração Escolar no Brasil, e ainda afirma que qualquer pessoa acabava sendo dirigente escolar. Esse autor é um dos maiores a tratar sobre a educação no Brasil. Fez com sabedoria críticas a escola tradicional defendendo a imprescindibilidade da profissionalização da educação e ao quantitativo e qualitativo no atendimento educacional.

Esse autor, ainda destaca, que o mais relevante na Administração escolar é antes de tudo pedagógica e, que deve estar direcionada para o professor, o aluno e o processo educativo.

Sander (1984, p. 151) defende que “a administração é, ao mesmo tempo, um ato pedagógico e um ato político”. Entende-se que educação e política, são consideradas inseparáveis logo a partir dos mais elementares traços constitutivos do processo educacional. Defende também que a Administração Escolar deve ser estudada nos enfoques jurídico, organizacional, comportamental e sociológico, sem no entanto, tomar posição muito clara sobre a questão. Verifica o enfoque sociológico, como sendo a corrente mais recente dos estudos do campo, e para a qual os estudos jurídicos, organizacionais e comportamentais estariam migrando.

O autor ainda faz menção ao Paradigma Multidimensional de Administração da Educação que é um esquema analítico no qual são cotejadas as dimensões intrínseca e extrínseca da AE com as dimensões substantiva e instrumental, permitindo identificar as faces pedagógica, econômica, sociopolítica e humana nos sistemas educacionais. Destaca que a competência do administrador escolar encontra-se na idoneidade de projetar soluções e na liderança para implantá-las sob a ótica da relevância para a plena realização dos participantes da comunidade educacional.

A crítica ao pensamento clássico da Administração Escolar encontra-se primeiramente em Tragtemberg (1974) sobre as concepções por demais técnicas da AE, seguido por Arroyo (1979,) num contexto em que o capitalismo impera. Esse capitalismo que vigora até os dias atuais, pois ao referir-se a economia, política, educação, não tem como não associar força de trabalho, exploração capitalista e problemas sociais, que dentro desse cenário, os explorados convivem com a dita colaboração, e a classe dominante determinando e impondo o capitalismo exacerbado, em que a classe trabalhadora é via de regra sempre a explorada e a que tem que produzir para gerar lucros e dividendos.