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Estágio pré-operatório (2 a 7 anos)

Por:   •  28/11/2016  •  Trabalho acadêmico  •  807 Palavras (4 Páginas)  •  4.208 Visualizações

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Estágio pré-operatório (2 a 7 anos)

Neste estágio, a criança já desenvolve a função simbólica, que lhe permite substituir um objeto ou acontecimento por uma representação dele. É neste período que começa a surgir à percepção dos símbolos: letras, números etc.

A criança amplia sua linguagem verbal, desenha imita, dramatiza. É considerado o período de desenvolvimento das várias possibilidades da criança.

O surgimento da função simbólica revela-se através de cinco condutas:

  1. Imitação diferida: é a repetição de um comportamento atrasado em um momento posterior do que quando ocorreu. Exemplo: uma criança que observa outra criança na pré-escola fazendo birra e repete com seus pais mais tarde.
  2. Jogo simbólico: jogo de faz de conta, permite à criança modificar o mundo real à sua vontade, possibilitando a compreensão do mundo adulto.
  3. Desenho: conduta intermediária entre o jogo e a imagem menta, o desenho não costuma aparecer antes dos dois anos ou dois anos e meio.
  4. Imagem mental: nesse período as imagens mentais são estáticas, não considerando o movimento e as transformações.
  5. Linguagem: permite à criança evocar verbalmente um acontecimento anterior. Possibilita que ela faça narrativa, repartindo suas experiências com outras pessoas, desenvolvendo a socialização. Além disso, a interiorização da palavra caracteriza o surgimento do pensamento.

A função simbólica refere-se à capacidade de evocar coisas e acontecimentos que não estão presentes, enquanto que a imitação, a imagem mental, o jogo simbólico, o desenho e a linguagem representam os meios para que essa evocação aconteça.

O surgimento da função simbólica indica um grande desenvolvimento cognitivo, pois permite a passagem de uma inteligência prática para uma inteligência representativa.

O estágio do pensamento pré-operatório estende-se aproximadamente dos dois aos sete anos, e pode ser dividido em três subníveis:

  1. Simbólico (aproximadamente dos dois aos quatros anos) possui apenas pré-conceitos, pois ela não consegue pensar em categorias gerais, atendendo-se ao particular.
  2. Intuitivo global ou intuitivo simples (cerca dos quatro aos cinco anos) que considera percepções globais, e não é capaz de diferenciar as relações entre os elementos, muito menos suas transformações. Neste subnível a criança é incapaz de considerar, simultaneamente, dois aspectos, diferentes da mesma realidade.
  3. Intuitivo articulado (aproximadamente dos cinco aos sete anos).  O raciocínio da criança começa a se flexibilizar, um pouco mais em relação ao momento anterior.

Deve-se considerar que estas idades são aproximações, não tem um caráter rígido. Essa divisão encontrada na obra de Piaget, bem como os demais estágios de pensamento, não implicam numa ruptura brusca de um nível ao outro.

O caráter egocêntrico é uma das principais marcas desse período, centrada em si mesma, a criança não consegue se colocar abstratamente no lugar no outro.

Porém devido aos mal entendidos como o termo, Piaget preferia falar em centração ou indiferença, pois a criança pré-operatória está permanentemente centrada em seu próprio ponto de vista e indiferente a pontos de vista de outros. Outras características é que a criança não aceita ideia do acaso e tudo deve ter uma explicação (é a fase dos “porquês”), também não relaciona os fatos e se deixa levar pela aparência.

O egocentrismo infantil leva a criança a confundir seu próprio pensamento como o mundo a sua volta, acreditando que tudo que acontece tem alguma relação consigo própria.

Piletti e Rossato (2013, p.75) afirmam que são evidenciados também problemas com relação à conservação, ou seja, as crianças mostram-se incapazes de compreender que a quantidade pode permanecer a mesma, embora mude seu aspecto ou aparência. Se apresentarmos uma figura em massa de modelar, não entenderiam que a quantidade seria a mesma com qualquer formato que lhe fosse dada; as aparências das situações e suas percepções fundamentam suas explicações, seu raciocino.

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