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LIBRAS I

Por:   •  17/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  524 Palavras (3 Páginas)  •  235 Visualizações

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Universidade Federal de Goiás (UFG)

Faculdade de Educação Física (FEF)

Disciplina: Língua Brasileira de Sinais

Professor Formador: Alessandra Matos Terra

Acadêmico: Márcia Regina Correia Alves

Pólo: Alexânia – GO        

Data: 28/3/2014

RELATÓRIO ACADÊMICO

         A LIBRAS deve ser inserida como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de professores para o exercício do magistério incluídos todos os cursos de licenciatura. É o que determina o Decreto 5.526 de 2005, marco divisor de águas para o reconhecimento dos direitos da comunidade surda. Para os acadêmicos em Educação Física vai além de uma obrigação legal. A cultura do movimento e a expressão corporal, objetos de estudo da Educação Física, são também uma das principais formas de comunicação do surdo.  Logo, percebe-se uma forte ligação entre estes dois mundos.

O estudo e a análise de artigos proporcionam desmistificar crenças e preconceitos do mundo ouvinte e problematizar o processo de ensino e aprendizagem da educação física na educação de surdos. É o que se nota no primeiro capítulo da obra “Libras? Que língua é essa? Crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda”, da professora catarinense Audrei Gesser.

 Assim como o título da obra, o primeiro capítulo se subdivide também em questões que a sociedade costuma crer saber as respostas. As respostas do senso comum costumam ser eivadas de preconceito e mostram o desconhecimento quase que total da cultura e da língua dos surdos. Através do texto, a autora busca responder com clareza e simplicidade, de forma que qualquer leitor amplie seus conhecimentos e que a reflexão crie pontes entre surdos e ouvintes. Abordaremos aqui aquelas que mais chamam atenção.

Primeiramente a autora versa sobre a crença na universalidade da língua de sinais e esclarece que universal é o impulso de comunicação. A língua de sinais, como verdadeiro idioma, está sujeita às mesmas condições de diversificação das línguas orais. Mesmo a Língua Brasileira de Sinais apresenta variações regionais. Audrei Gesser destaca também a crença de que a língua de sinais seja artificial ou que não tenha uma gramática. Sendo uma língua natural e fazendo parte do acervo cultural da comunidade surda, ela evoluiu como um idioma verdadeiro e com sua própria gramática. Há três parâmetros constituintes na língua de sinais: configuração da mão, ponto de articulação ou locação e movimento (CM, PA ou L e M). Alterar um ou mais destes parâmetros gera conceitos distintos. A autora mostra ainda que a língua de sinais não é mímica, pantomima ou datilologia e que essa visão é baseada em certo preconceito da forma como os ouvintes veem os surdos. Os surdos são capazes de expressar qualquer conceito, inclusive abstratos, tanto quanto os falantes de línguas orais. A autora faz também um histórico sobre a educação dos surdos no mundo e no Brasil e mostra como durante muito tempo a comunidade surda foi privada de direitos básicos, como o de usarem seu próprio idioma.

Concluindo, a obra de Gesser mostra a importância do direito dos surdos à igualdade linguística, quebra crendices e abre espaço de reflexão para as mudanças necessárias na mentalidade daqueles que não conhecem o mundo surdo.

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