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O CÉREBRO E AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA LEITURA E NA ESCRITA

Por:   •  4/5/2015  •  Artigo  •  4.256 Palavras (18 Páginas)  •  436 Visualizações

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O CÉREBRO E AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA LEITURA E NA ESCRITA

Maria Dilce Dias de Morais¹

Rosane Maria Pogere de Almeida

Cerejeiras

2014

[1]

Resumo

O presente artigo trata se de conceitos teóricos bibliográficos, com pretensão de expressar uma análise superficial a respeito da dislexia como transtorno de aprendizagem na leitura e na escrita. Analisando, portanto a definição de Dificuldades de Aprendizagem, ressaltando algumas características apresentadas por crianças com dificuldades de aprendizagem. Procura-se também explicitar os processos cerebrais envolvidos no processo de aprendizagem na leitura e da escrita.

Palavras-chave: Aprendizagem. Dificuldade. Cérebro. Leitura. Escrita,

Introdução

O presente artigo pretende expressar em forma de revisão bibliográfica de pesquisadores especializados no assunto (tema) das Dificuldades de Aprendizagem e quais áreas do cérebro são responsáveis pela aprendizagem da leitura e escrita (dislexia e disortografia), analisa-se a definição de Dificuldades de Aprendizagem, evidenciando as características apresentadas por crianças com dificuldades de aprendizagem. Porém vale ressaltar que, as dificuldades de aprendizagem podem ser analisadas sob diversas perspectivas, e que se expressa por uma grande diversidade de nomenclaturas, neste caso em especial será a dificuldade de aprendizagem será abordada de uma forma superficial, primeiro devido á falta de referencial bibliográfico sobre o funcionamento do cérebro humano, depois por delimitação do tema.

Justifica a escolha deste tema o grande número de alunos que possuem dificuldades de aprendizagem e as várias reclamações de educadores que dizem não saber o que fazer para que seus alunos aprendam a ler e escrever de forma satisfatória. Como sabemos aprendizagem é um processo de aquisição de informação e de padrões de comportamento, que é um resultado da prática e da experiência. As apreensões da linguagem escrita e da leitura formam a base para um bom desempenho em todas as áreas acadêmica.

        O principal objetivo do artigo é refletir sobre as dificuldades de aprendizagem na leitura e na escrita analisando as áreas do cérebro que é responsável pela aquisição da aprendizagem das mesmas.

Outros objetivos são;

  • Realizar uma análise sobre como se forma a memória e a aprendizagem;
  • Refletir sobre o que é dificuldade de aprendizagem;
  • Verificar as características de uma criança com dificuldade de aprendizagem;
  • Compreender e conhecer um pouco sobre a dislexia e a disortografia;

Para a realização de tais compreensões mesmo sabendo que complexas, partimos de hipóteses importantes para entendermos melhor a temática e confeccionarmos um texto de fácil entendimento buscando bases teóricas em pesquisadores que entendem sobre o assunto, são elas:  O que é aprendizagem?  Como funciona a memória? Qual área do cérebro é responsável pela aquisição da leitura e da escrita? O que são dificuldades de aprendizagens? Como identificar uma criança com dificuldade de aprendizagem?  

2- O cérebro e as dificuldades de aprendizagem na leitura e na escrita

2.1- A memória e a aprendizagem

O termo memória origina-se do latim e significa faculdade de reter e/ou readquirir ideias, imagens, expressões e conhecimento (Relvas, 2009). A autora destaca ainda que é o registro de experiências e vivências, como fatos observados, que podem ser resgatados quando preciso. A mesma afirma que:

“Isso faz com que a memória seja a base para a aprendizagem, pois, com as experiências que possuímos armazenadas na memória, temos a oportunidade e a habilidade de mudar o nosso comportamento, ou seja, a aprendizagem é a aquisição de novos conhecimentos, e a memória é a fixação ou a retenção desses conhecimentos adquiridos.” (RELVAS, 2009, p. 60).

Ainda de acordo com Relvas (2009) a memória é a base de todo o saber e de toda a existência humana, desde seu nascimento, sendo assim torna-se uma das funções fundamentais para o aprendizado, conforme citação a seguir onde a autora diz que:

“A memória é uma das funções mais importantes do cérebro, está ligada ao aprendizado e a capacidade de repetir acertos e evitar erros” (RELVAS, 2009, p. 56).

De acordo com os estudos de Relvas (2009) é importante que os educadores ministrem aulas de forma a ampliar os estímulos oferecendo aos alunos várias possibilidades que venha a fortalecer a sinapse para que as redes de neurônios se estabeleçam facilmente e consolidem a memória armazenando assim as informações. Da consolidação da memória até a lembrança, passa por um processo de transmissão de informações entre as células com a ajuda de neurotransmissores existentes entre dois neurônios.

Segundo Gazzaniga (2005) existem os seguintes tipos de memória:

  • Memória Sensorial, que deixa um traço no sistema nervoso por um breve segundo e desaparecem como, por exemplo, a luz, e o cheiro.
  • Memória de curto prazo, esta mantém as informações por um breve período.
  • Memória de trabalho; é um sistema de processamento ativo que guarda as informações para serem utilizadas em atividades como solução de problemas, raciocínio e compreensão.
  • Memória de longo prazo; se diferencia da de curto prazo pela duração e capacidade. Pois permite lembrar-se de fatos e aprendizados de muito tempo passado como, por exemplo, de uma canção de ninar da época da infância.

Quando se aprende o cérebro necessita processar o material a ser aprendido, apesar de que cada sujeito aprende de forma diferente.

Com base nos estudos de Fonseca (2001). A leitura, por exemplo, implica processar letras que têm categorizações fonológicas específicas para serem descodificadas e compreendidas. A informação uma vez integrada, depois de descodificada será retida e armazenada, para a partir de então gerar a compreensão, associando assim o som á escrita. Para ler a criança envolve seu cérebro em funções psíquicas superiores como; a atenção e a concentração, a análise e síntese de letras e sons, a compreensão do sentido do texto, a memorização das conexões em relação à narrativa, a rechamada dos detalhes do texto, o desenvolvimento de conclusões e muitos outros.

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