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O PROCESSO DE LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

Por:   •  22/11/2018  •  Projeto de pesquisa  •  968 Palavras (4 Páginas)  •  223 Visualizações

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O PROCESSO DE LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO

Conforme os PCN‟s (BRASIL, 1998), a técnica de alfabetização não deve ser simplesmente uma prática de decodificação e memorização. Tal orientação seria um modo de designar conceitos novos para a alfabetização.

O LETRAMENTO

Na vida social do indivíduo, o termo está presente em todo o desenvolvimento de alfabetização, ou seja, o letramento é o progresso do indivíduo no âmbito letrado. O letramento não ocorre em um momento singular, mas é um processo de infindável evolução na existência do indivíduo.

Só nos demos conta da necessidade de letramento quando o acesso a escolarização se ampliou e tivemos mais pessoas sabendo ler e escrever, passando a aspirar a um pouco mais do que simplesmente aprender a ler e a escrever (SOARES, 1998, p. 58).

Analisemos agora a questão a seguir: Todo indivíduo letrado necessita antes, de alfabetização? Tfouni (1995) chama nossa atenção para os pontos socioculturais do êxito de um determinado método de escrita por um corpo social e as alterações discursivas e sociais que se revelam em uma sociedade que se torna letrada.

Ora, se toda pessoa precisa ser alfabetizada antes de letrada, isto é, saber ler e escrever, podemos afirmar que o sujeito analfabeto, não dominante da habilidade de leitura e escrita, são pessoas iletradas.

Entretanto, em Tfouni (1995) vemos que não devemos utilizar iletrado como antítese de letrado. Visto que, mesmo nas comunidades mais simples, nos dias atuais não existe o iletramento ou letramento em “grau zero”, posto que todo indivíduo sempre estará em um meio letrado. O mesmo que não aprendeu a leitura, necessita, por exemplo, da ajuda de alguém para ler uma placa, o número de um ônibus ou o rótulo de algum produto, englobando, desta maneira, o mundo letrado. Sendo considerada a análise de Tfouni, podemos concluir que o letramento possui níveis e que seu progresso é infinito.

A ALFABETIZAÇÃO

A alfabetização está associada com a ação de aprender a leitura e a escrita, ou seja, a pessoa internaliza o processo de ler e escrever.

Trata-se, portanto, da metodologia que concede ao indivíduo ou a um coletivo exercitar tais habilidades.

Inicio da alfabetização

Desconhece as letras do alfabeto / método alfabético / grafa desenhos e/ou rabiscos (escrevinha).

 

Descoberta do princípio alfabético

Inicia a percepção do sistema alfabético (cada letra tem seu fonema) e entende que é necessária a combinação das letras do alfabeto conforme algumas normas para representá-lo.

Relação entre fonemas (sons) e grafemas (letras)

Compreende que a representação do sistema alfabético pode ser feita pelos fonemas (sons), que precisam apenas ser transformados em grafemas para serem representados (se tornarem palavras).

         

É deplorável que alguns docentes, nos dias atuais, pronunciam que a alfabetização é apenas ensino básico de leitura e escrita, menosprezando (de certo modo) a mesma. Ora, é fato que, nos dias atuais, para atuar de maneira significativa na sociedade, ler e escrever não é o bastante, entretanto, não podemos arriscar a perca da especificidade da metodologia de leitura e escrita, isto é, a prática de transformar os fonemas em grafemas reconhecendo-os, adequando-se ao sistema ortográfico e alfabético, habilidade essencial ao indivíduo que se incorpora na sociedade letrada.

O processo de alfabetização é complexo para quem aprende e para quem ensina, e deste modo deve ser classificado pelo educador, como conteúdo possuidor de suas particularidades. Porém, tais especificidades, inclusas neste processo não o tornam individualizado, pois é preciso que as práticas de alfabetização e letramento andem juntas. É crucial alfabetizar letrando.

Entendemos que alfabetizar é direcionar o indivíduo no processo de alcance em ler e escrever, enquanto letrar é guiá-lo na prática social da leitura e da escrita. O indivíduo que sabe ler e escrever é alfabetizado; já aquele que é hábil na decodificação de variados gêneros linguísticos nas mais diferentes situações e contextos sociais, é letrado. Se pedirmos a uma criança não alfabetizada que faça a leitura de um determinado texto ou história, e esta entrega um texto baseando-se nas imagens ou figuras, ou se a mesma alega escrever uma carta, no mesmo momento em que faz “rabiscos”, ela pode ser considerada letrada. Isto se torna possível porque, mesmo não alfabetizada, mostra conhecer e procura praticar a leitura e escrita, dentro de suas possibilidades.

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