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Resenha Afetividade

Por:   •  17/8/2016  •  Trabalho acadêmico  •  3.702 Palavras (15 Páginas)  •  1.156 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

PÓS EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL

Resenha do texto “Afetividade e processo ensino-aprendizagem: contribuições de Henri Wallon

Cíntia Oliveira de Azevedo

Trabalho da disciplina: Psicologia da Educação

             Profª. Flaviany R. da Silva

Queimados

2016

Introdução

O texto tem como objetivo a compreensão da dimensão afetiva e de relevância no desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem.

Os principais conceitos da teoria de desenvolvimento de Henri Wallon são:

*processo de integração em dois sentidos:

-integração organismo-meio

-interação dos conjuntos funcionais

*concepção de afetividade:

-emoções

-sentimentos

-paixão

*evolução da afetividade:

-o papel da afetividade nos diferentes estágios

O processo ensino-aprendizagem só pode ser analisado como uma unidade, pois ensino e aprendizagem são faces de uma mesma moeda; nessa unidade, a relação interpessoal professor aluno é um fator determinante.

O processo ensino-aprendizagem é o recurso fundamental do professor: sua compreensão, e o papel afetividade nesse processo, é um elemento importante para aumentar a sua eficácia, bem como para elaboração de programas de formação de professores.

No pólo ensino temos um professor que, para atingir seus objetivos, deve ter clareza de alguns pontos:

*que confirar na capacidade do aluno é fundamental para que ele possa aprender;

*ao ensinar estar promovendo o desenvolvimento do aluno e seu próprio;

*desempenhar todas as suas tarefas no cotidiano escolar, revela diferentes saberes (conhecimento específico na sua área e de como comunica-la aos alunos, habilidades de relacionamento interpessoal, conteúdos de cultura) que são, no dizer Tardif (2000,2002), temporais, plurais e heterogêneos; esses saberes são construídos no tempo, na socialização familiar, escolar, profissional, numa integração cognitiva-afetiva(conhecimentos, concepção, crenças, valores);

*as emoções e sentimentos podem variar de intensidade, em função dos contextos, mas estão presentes em todos os momentos da vida, interferindo de alguma maneira em nossas atividades.

No pólo aprendizagem temos um aluno:

*que busca a escola com motivações diferentes;

*que tem características próprias, conforme o seu momento de desenvolvimento;

*que tem saberes elaborados nas suas condições de existência;

*que funciona de forma integrada: dimensões afetiva-cognitiva-motora imbricadas.

O desafio do professor que teve uma formação na qual sua integração não foi levada em conta é enxergar seu aluno em sua totalidade e concretude.

Aluno e professor, participam de vários meios, entre eles a escola:

*a escola é um meio fundamental para desenvolvimento do professor e do aluno, ao dar oportunidade de participação em diferentes grupos;

*nesse meio, professor e aluno são afetados um pelo outro, e, ambos, pelo contexto onde estão inseridos;

*a não satisfação das necessidades afetivas, cognitivas e motoras prejudica a ambos, e isso afeta diretamente o processo ensino-aprendizagem:

-no aluno, causa dificuldades de aprendizagem;

-no professor, pode geras insatisfação, descontentamento, apatia, e podendo chegar ao burnout, prejudicando sua atividade. Codo (2000, p.241) apresenta o burnout – estresse laboral – como mal que afeta, com maior frequência, os profissionais da área da educação e da saúde.

Algumas razões para Henri Wallon iluminar a questão da afetividade no processo ensino-aprendizagem

Sua teoria psicogenética dá uma importante contribuição para a compreensão do processo de desenvolvimento e também contribuições para o processo ensino-aprendizagem.

Ao focalizar o meio como um dos conceitos fundamentais da teoria, coloca a questão do desenvolvimento no contexto no qual está inserido, e a escola como um dos meios fundamentais para desenvolvimento do aluno e do professor.

Estabelece uma relação fecunda entre Psicologia e Educação, ou seja Psicologia e Educação constituem momentos complementares de uma mesma atitude experimental.

Mesmo não sendo um pedagogo, toda sua obra está impregnada de elementos que permitem elaborar uma proposta de educação, o que levou Snyders a afirmar, ao homenageá-lo por ocasião do centenário de seu nascimento no 2º Congresso Internacional de Psicologia da Criança, realizado em Paris, em 1979:

Se chamamos pedagogia o que encontramos em Comenius, em Rousseau ou em Makarenko, isto é, uma teoria geral unida aos meios precisos e minuciosos para praticá-la, segundo as circunstancias, as idades e as diferentes disciplinas, não estou seguro de que o que encontramos em Wallon seja pedagogia (...) o que aprecio nele é o que gostaria de evocar hoje: Wallon me parece o homem que mostra que uma pedagogia progressiva pode existir, que nos garante sua existência e que nos explica em que circunstancias e a que preço. (Snyders, 1979,pp. 99-100)

 

*Colocou suas ideias de psicólogo e de educador a serviço da reformulação do ensino francês, colaborando no Projeto Langevin-Wallon: o projeto foi o resultado do trabalho, por três anos (1945 a 1947), de uma comissõa de vinte membros, nomeados pelo Ministério da Educação Nacional, com a incumbência de reformar o sistema de ensino francês após a Segunda Guerra (durante a qual Wallon trabalhava na Resistencia Francesa). Inicialmente, o físico Paul Langevin foi designado presidente da Comissão, e, após sua morte, a presidência ficou a cargo de Wallon. A diretriz norteadora do Projeto foi construir uma educação mais justa para uma sociedade mais justa. As ações propostas repousam sobre quatro princípios:

- Justiça;

-Dignidade igual de todas as ocupações;

-Orientação;

-Cultura geral;

 

A Teoria de desenvolvimento de Henri Wallon

A teoria de desenvolvimento de Henri Wallon é um instrumento que pode ampliar a compreensão do professor sobre as possibilidades do aluno no processo ensino-aprendizagem e fornecer elementos para uma reflexão de omo o ensino pode criar intencionalmente condições para favorecer esse processo, proporcionando a aprendizagem de novos comportamentos, novas ideias, novos valores. Na medida em que a teoria de desenvolvimento descreve características de cada estágio, esta também ofecendo elementos para uma reflexão para tornar o processo ensino-aprendizagem mais produtivo, propiciando ao professor pontos de referência para orientar e testar atividades adequadas aos alunos concretos que tem em sua sala de aula.  A identificação das características de cada estágio pelo professor permitirá planejar atividades que promovam um entrosamento mais produtivo entre essas características, conforme se apresentam em seus alunos concretos, e as atividades de ensino.

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