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Resenha Crítica do Livro Literatura Infantil de Regina Chicoski

Por:   •  18/1/2019  •  Resenha  •  1.234 Palavras (5 Páginas)  •  670 Visualizações

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Resenha Crítica do Livro Literatura Infantil de Regina Chicoski.

A Autora do livro cita que a partir do século XVII teorias sobre a infância, sobre o processo de ensino-aprendizagem da criança, sobre sua saúde física e mental passaram a ser mais significativas e frequentes; e os resultados dessas investigações revelaram a necessidade de profissionais e produtos específicos para as crianças, inclusive o material de leitura para infantes também é repensado. Por volta do século XVIII com a valorização da infância, gerou-se maior união familiar.

Diante disso, ela nos conta que é importante conhecer a história da Literatura Infantil, especialmente a brasileira. Desde o início da colonização do Brasil, depois da vinda da Família Real, a criança residente no Brasil lia obras importadas da Europa traduzida para o português.

O editor Quaresma queria abrasileirar os livros, pois percebeu a necessidade de uma solução para os conflitos das linguagens oral e escrita que afastava o leitor infantil brasileiro da literatura infantil proveniente de Portugal. Então encomendou a Figueiredo Pimentel a organização de uma biblioteca destinada às crianças brasileiras.

Em 1894, sob o título de Biblioteca da Livraria do Povo, foi criada a primeira biblioteca para o público infantil; faziam parte desse acervo: Contos da Carochinha, Histórias da Avozinha e Histórias da Baratinha (eram conto estrangeiros traduzidos para linguagem brasileira). Na sequência, Figueiredo Pimentel acrescentou no acervo histórias recolhidas da cultura oral e também produziu algumas: Álbum das crianças, Poesias, Meus brinquedos, Folclore, Teatrinho infantil, A queda de um anjo, etc. Muitos preconceitos e valores moralistas dos adultos estavam nestas obras, por exemplo: a ideia de que beleza e riqueza andavam juntas e feiura e cor preta é associada a maldade.

Também marcaram história as traduções de Carlos Jansen: As viagens de Gulliver, Mil e uma Noites, Robinson Crusoé, As aventuras pasmosas do Barão de Munchausen e Don Quixote de La Mancha.

O escritor Olavo Bilac também cultivou o espírito nacionalista em suas obras e até hoje é um dos grandes nomes da literatura escolar no Brasil.

O Folclore brasileiro, oriundo da cultura indígena, portuguesa e africana foi fonte inesgotável de inspiração para vários escritores, tais como: Celso de Magalhães, José de Alencar, Pereira da Costa e General Couto de Magalhães e também para estudiosos do tema: Nina Rodrigues, Silvio Romero, João Ribeiro, Gustavo Barroso, Artur Ramos, Edison Carneiro, Silvia Campos, Câmara Cascudo e Basílio Magalhães. Já Alexina de Magalhães Pinto foi a pioneira no uso da literatura oral e outras formas de cultura popular no ensino fundamental.

Regina cita ainda que a Revista infantil Tico-Tico criada em 1905, pelo jornalista mineiro Luiz Bartolomeu de Souza e Silva fez muito sucesso durante meio século.

Monteiro Lobato é um dos marcos fundamentais da literatura infantil, pois somente a partir da década de 20, é que uma literatura para crianças e jovens com características nacionais começa a existir de fato.

A autora considera ainda que o conceito de literatura infantil é bastante discutido entre os estudiosos do assunto e apesar de ainda ser considerada um gênero polêmico, a literatura infantil teve um grande crescimento qualitativo e quantitativo nos últimos anos, assim como excelentes obras tem chegado nas mãos dos leitores, dessa forma a clientela escolar passa a ser o grande foco das editoras, assim a produção de livros não só cresceu como se sofisticou. Apesar de uma grande quantidade de livros de péssima qualidade, o Brasil tem grandes nomes reconhecidos, inclusive internacionalmente (Lygia Bojunga e Ana Maria Machado).

Regina lembra que é impossível falar de literatura infantil sem pensar no momento mágico, para um infante, de ouvir histórias. Segundo cita no livro a escritora Fanny Abramovich enfatiza que é muito importante para a formação do ser humano, ouvir histórias. Escutá-las é o início da aprendizagem para ser um bom leitor. Quando a criança ouve histórias, sente emoções importantes. Por isso a figura do narrados é fundamental, sem ele o dom de ouvir, a comunidade de ouvintes desaparece, é ele quem dá vida ao fato narrado, suscita a imaginação e desperta a curiosidade.

Com raras exceções, nada é tão enriquecedor e satisfatório para o infante do que ouvir um conto de fadas; eles podem ser considerados como expressão cristalina e simples do nosso mundo psicológico profundo. Foram criados por adultos, que neles projetaram suas fantasias, seus medos, apreensões e crenças, em busca de refúgios para seus sentimentos. Caracterizam-se pela presença de seres, objetos e lugares sobrenaturais: bruxas, fadas, dragões, varinha de condão e reinos enfeitiçados que existem fora da lógica do tempo real.

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