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A Psicoterapia e Meditação

Por:   •  11/9/2018  •  Projeto de pesquisa  •  2.478 Palavras (10 Páginas)  •  162 Visualizações

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Centro Universitário Augusto Motta

Curso de Psicologia

Pesquisa em Psicologia

A correlação da meditação no contexto clínico em psicoterapia e a influência entre um estado interno subjetivo e possíveis efeitos e mudanças estruturais no cérebro de meditadores

                                    Thyago Coutinho e Raquel Braga

Rio de Janeiro, 2018.


RESUMO

Este projeto propõe uma revisão bibliográfica sobre os benefícios da meditação como prática psicoterapêutica, como também visa reunir pesquisas que expliquem sobre mudanças estruturais no cérebro de meditadores, além de investigar como seus fenômenos podem influenciar na experiência subjetiva para o indivíduo em seu cotidiano. A meditação, descrita como uma prática de auto-regulação do corpo e da mente caracteriza-se por um conjunto de técnicas que treinam a focalização da atenção. A meditação mindfulness compartilha a observação de que manter uma variedade de crenças centrais distorcidas leva ao sofrimento. Também conhecida como treinamento mental, essa prática constitui uma técnica capaz de produzir efeitos psicossomáticos. Inúmeros estudos evidenciam que a prática de meditação quando usada de forma complementar e integrativa ao tratamento tradicional, pode ajudar a aliviar o estresse psicológico que geralmente acompanha diversos quadros clínicos, contribuindo para a auto-regulação do corpo e da mente. Discutem-se aspectos relacionados às definições e às particularidades de Meditação e Mindfulness e aos contextos aos quais pode estar atreladas. Apesar do crescente acúmulo de evidências sobre a relação entre meditação e saúde física e mental, sugere-se que mais estudos sejam realizados e que a prática meditativa pode ser considerada uma ferramenta útil para a psicoterapia.

Palavras-chave: meditação; mindfulness; psicoterapia; regulação da atenção; saúde mental.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO............................................................................... 4

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................5

PROBLEMA DE PESQUISA...........................................................8

HIPÓTESE.......................................................................................8        

JUSTIFICATIVA...............................................................................9

OBJETIVO........................................................................................9

METODOLOGIA...............................................................................9

CRONOGRAMA..............................................................................10

REFERÊNCIAS...............................................................................10


  1. INTRODUÇÃO

A vida de um paciente com um diagnóstico de uma doença crônica grave pode gerar experiências extremamente difíceis como a incerteza e a ansiedade acerca do que pode vir a acontecer com a sua saúde no futuro. Em geral, essas pessoas começam a ter um número de pensamentos negativos e catastróficos acerca de sua vida: “Será que eu vou conseguir dar conta?” “O tratamento não vai funcionar?”. “As coisas vão dar errado”. “Eu não vou conseguir superar isso”. Essas formas de pensar acabam aumentando sintomas relacionados à ansiedade e à depressão, como o medo da morte e a desesperança acerca do futuro. Dan Siegel (2010c) verificou que ensinar os pacientes os mecanismos cerebrais fornece uma compreensão a respeito daquilo que acontece durante situações de sofrimento emocional, o que pode aumentar a motivação deles para tentar praticar mindfulness durante a psicoterapia.

Entretanto, alguns estudos evidenciam que a prática de meditação quando usada de forma complementar e integrativa ao tratamento tradicional, pode ajudar a aliviar o estresse psicológico que geralmente acompanha diversos quadros clínicos. Por exemplo, à diminuição dos sintomas ligados ao estresse e à ansiedade e cuja prática pode afetar positivamente as funções cognitivas e afetivas. Estudos sobre a prática meditativa associado à sintomas de estresse foram realizados por Goleman e Schwartz (1976), Kabat-Zinn (2003), Oman et al., (2006). Associado à diminuição da ansiedade foram realizados por Brown e Ryan (2003), Galvin et al., (2006), Schwartz, Davidson, e Goleman (1978), e também associada à redução do lactato plasmático, que está associado a altos níveis de ansiedade (DILLBECK; ORME-JOHNSON, 1987; WALLACE; BENSON,1972).

A meditação, descrita como uma prática de auto-regulação do corpo e da mente caracteriza-se por um conjunto de técnicas que treinam a focalização da atenção. Também conhecida como treinamento mental, essa prática constitui uma técnica capaz de produzir efeitos psicossomáticos. Pode ser chamada de processo auto-regulatório da atenção, em que através da prática é desenvolvido o controle dos processos atencionais. A ciência vem mostrando sua eficácia, que está especialmente relacionada à diminuição dos sintomas ligados ao estresse e à ansiedade. Além disso, as pesquisas revelam que essa prática pode produzir efeitos de curta e longa duração que podem afetar positivamente as funções cognitivas e afetivas.

As terapias rompem o controle do passado que condiciona o comportamento
no presente. A meditação pretende alterar o próprio processo de condicionamento, para que ele não seja mais o principal determinante dos atos futuros. A tomada de consciência é o agente que transporta as mensagens que formam a experiência. As psicoterapias se preocupam com essas mensagens e seus significados. A meditação, em vez disso, dirige-se à natureza do agente: a própria tomada de consciência. Essas duas abordagens não são mutuamente excludentes, ao contrário, são complementares. A terapia do futuro deve integrar técnicas de ambas as abordagens, possivelmente produzindo uma transformação no todo da pessoa, mais completa e potente do que cada uma separadamente.

  1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

“A meditação é uma maneira de ir para dentro de si mesmo, de perceber que você não é o corpo, não é a mente. É um modo de fixar em nós mesmos, no mais profundo centro do nosso ser. E, uma vez que você encontrou o seu centro, terá encontrado tanto suas raízes, quanto suas asas”.
Osho

A meditação é uma prática bastante antiga, cujas origens remontam às tradições orientais, estando especialmente relacionada à prática do yoga, do hinduísmo, do budismo e suas derivações como sinônimo de busca espiritual (LEVINE, 2000; CAHN; POLICH, 2006).

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