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Diagnostico Organizacional

Por:   •  11/6/2017  •  Resenha  •  1.188 Palavras (5 Páginas)  •  289 Visualizações

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DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL

NÁDIA SÁ BORGES

VERA SUSANA MOREIRA

A palavra é de origem grega e significa qualificação dada por um médico a uma enfermidade ou estado fisiológico, com base nos sintomas que observa. Na medicina foi utilizada então como expressão do trabalho na busca dos sintomas formadores da doença, que só depois de identificada poderia ser tratada e curada (Caldas Aulete, 1958 e Buarque de Holanda, 1975).

Na literatura psicológica o termo diagnóstico é usado em termos amplos significando a “definição das razões explicativas do comportamento e/ou seus determinantes, captados através de um exame psicológico estabelecido pela análise e avaliação de processos psíquicos” (Associação Brasileira de Psicologia, 1979). Refere-se tanto a indivíduos como grupos, inclui a descrição de diferentes formas de comportamentos sem privilegiar a dimensão patológica ou normal. Desta forma, o termo diagnóstico é usado como sinônimo de avaliação psicológica e/ou psicodiagnóstico.

É do conhecimento de todos o ranço clínico que perpassa a Psicologia e sua característica curativa desde sua origem. Porém, até a Medicina preocupa-se hoje com um papel mais preventivo sem que o diagnóstico perca sua importância, pois sua principal característica é a investigação. Na investigação temos condições de levantar os elementos que compõem o quadro que se precisa analisar, qualquer momento, tanto para propor a cura, quanto para propor a prevenção.

Na Psicologia do Trabalho, o diagnóstico é definido como um método de investigação e análise de uma realidade funcional, levando em conta a cultura, os objetivos, a história e necessidades próprias da organização, assim como os recursos que ela utiliza para atingir seus objetivos.

Na Psicologia uma das facetas mais importantes deste trabalho de investigação concentra-se na relação entre diagnosticador x diagnosticado é uma relação cujo objetivo é conseguir uma descrição mais profunda e completa possível do que se pretende investigar. Esta relação assume diferentes formas que também podemos caracterizar usando como exemplo a mesma relação na Medicina. Várias posturas são possíveis nesta relação:

Passividade - Na medicina tradicional curativa, esta é a característica esperada do paciente, espera-se que se resigne e se submeta aos procedimentos diagnósticos, que se proceda `as ações curativas e com isso fique curado dos sintomas que o afligem. No trabalho diagnóstico nas organizações, alguns profissionais colocam-se atuando como médicos que prescrevem receitas salvadoras para as dificuldades apresentadas.

Cooperação - Esta característica coloca o diagnosticado numa posição um pouco mais participativa em relação ao processo não de investigação da doença, mas principalmente, no processo de cura através do cumprimento de prescrições que não podem ser feitas sem o acompanhamento médico. Nas organizações seguindo esta postura, alguns profissionais preocupam-se com o convencimento dos envolvidos de que o procedimento sugerido é o mais adequado, obtendo, desta forma, a cooperação dos grupos ou indivíduos da empresa que ainda não participam da decisão sobre a melhor forma de agir em relação ao problema identificado.

Conscientização - Quando constatada a doença ou a propensão `a mesma, muitas vezes, é necessário que o paciente modifique seu estilo de vida ou procedimentos para prevenir ou curar a doença e para isso é necessária a conscientização das causas e riscos dos males que o afligem. Alguns profissionais ao atuarem na organização repassam para o cliente seu entendimento do assunto, possibilitando a conscientização das causas do problema em questão.

Pró-atividade - A última etapa de uma aparente evolução desta relação é desenvolver no próprio paciente a capacidade diagnosticadora, possibilitando com isso que ele não só participe da cura como saiba também reconhecer os sintomas quando eles se apresentam. O objetivo do profissional das organizações que trabalha de acordo com este modelo, neste caso, é desenvolver os indivíduos e grupos a própria capacidade de diagnóstico das situações envolvidas.

É claro que na medicina este processo acontece a partir de um indivíduo, porém nas organizações temos também um corpo e suas

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