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Resenha clima e organização do espaço

Por:   •  31/3/2019  •  Trabalho acadêmico  •  659 Palavras (3 Páginas)  •  261 Visualizações

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O artigo Clima e organização do espaço, de autoria do Prof. João Lima Sant’Anna Neto, descreve o clima não somente como um fenômeno geográfico mas também, como uma ferramenta que interfere na organização do espaço, mostrando a relação existente entre clima e espaço. Tendo como fundamentação teórica Max Sorre, o autor aborda questões da influencia do clima em áreas urbanas e rurais. O texto é estruturado em 6 capítulos, sendo eles: Introdução, O papel do clima na organização do espaço, Questões metodológicas e o problema das escalas, As condicionantes climáticas no espaço urbano, Clima e Agricultura, Conclusões e Considerações finais.

Na Introdução, o autor mostra um breve histórico da evolução e contribuições que fizeram da Climatologia a ciência que é hoje. Relata a necessidade que o homem, desde o primórdio, tinha de compreender o clima para organizar seu modo de vida; As primeiras observações meteorológicas realizadas pelos gregos, ainda no século V, destacando-se entre eles: Erastóstenes, Aristarcus, Hipócrates e Aristóteles, que iniciaram os estudos sobre clima, dando inicio ao período cientifico da Climatologia e a ruptura com os ideais teológicos, de que o clima  era determinado pelos deuses; Já nos séculos XVI-XIX, baseado nas leis de Isaac Newton e Nicolau Copernico foi estabelecido o determinismo geográfico, que no fim do século XIX deu lugar ao determinismo econômico, devido ao grande avanço tecnológico ocorrido na época. Afirma ainda que embora o homem possa modificar o ambiente me escalas inferiores, é incapaz de modificá–lo em escalas globais.

No segundo capítulo, o autor traz as contribuições de Sorre e Curry que consolidaram o clima como uma ferramenta nos processos físicos, tecnológicos e econômicos das diversas formas de sociedade existentes, apresenta com exemplo uma comparação entre as lavouras do Senegal e a agricultura moderna dos Estados Unidos. Trata também sobre a Teoria Geral dos Sistemas, fundamental para a compreensão do papel do clima nos processos de organização espaço- temporal, influenciando de diferentes maneiras o espaço tanto em áreas urbanas, quanto rurais. Trazendo a tona também que as modificações nos últimos 100 anos acarretaram serias consequências ao ambiente e seus recursos hídricos, por sua vez.


No capítulo três, o autor traz algumas questões metodológicas, como o titulo sugere, a fim de explicar que a intervenção do homem na paisagem gera alterações e novas modelagens. Também trata da problemática de escalas em que na Geografia, o campo de estudo na escala regional e do geossistema desempenha-se melhor. Já no Capítulo 4, retomando fatos históricos o autor mostra mudanças climáticas ocorridas em decorrência da Revolução Industrial na Europa e nos Estados Unidos como as mudanças urbanas, um exemplo que o próprio autor cita “verticalização das construções”, além da queima de combustíveis, que contribuem para o aumento da temperatura terrestre. Trata também dos conceitos de ilhas de calor e inversões térmicas e a forma que isso pode ser prejudicial, como é o caso de enchentes causadas pelas chuvas torrenciais nas regiões tropicais. No capitulo 5, a relação entre clima e agricultura é bem melhor expressada, colocando a radiação global e elementos climáticos como agentes econômicos. Autores que relacionam o clima com atividades agrícolas através das interações entre ritmo climático e rendimento econômico. Acrescenta também que certas irregularidades no tempo podem causar impactos no setor agropecuários, uma vez que interfere no cultivo, pois não se sabe a demanda de agua e calor que é necessário em cada período. O autor também exibe pesquisas que mostram que além do aumento da temperatura terrestre também é possível ver alterações nos regimes de chuva, com relação a agricultura o uso do solo também se torna um problema, por causar erosões, outro problema relatado também são as queimadas e os processos de desertificação. Por fim, no capítulo de conclusão e considerações finais, o Autor conclui que a intensidade da ocupação humana dificulta o gerenciamento do clima, tendo como exemplo a característica tropical do Brasil e que a análise climática contribui para a compreensão do espaço buscando entender o funcionamento da gestão geográfica e ambiental.

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