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A EDUCAÇÃO NA LITERATURA INFANTIL

Por:   •  27/3/2019  •  Trabalho acadêmico  •  2.217 Palavras (9 Páginas)  •  161 Visualizações

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LITERATURA INFANTIL E A ALFABETIZAÇÃO SOCIAL

Caroline Senna Cortes

Curso de Pedagogia

Polo de São José dos Campos

Orientadora Marcia Cristina de Faria

RESUMO

O ato de ler histórias existe há muitos anos, como uma maneira de se comunicar com seus comuns, contavam-se umas às outras suas experiências de vida.

O objetivo é compreender a construção do conhecimento infantil dando ênfase a utilização de livros como mediador na construção do caráter.

A literatura infantil necessita ser elaborada com clareza, e entendida facilmente pelas crianças que leem ou ouvem e propiciar o conhecimento moral através dos livros infantis para bom desenvolvimento da criança.

São poucos os leitores constantes, que explorem a diversidade textual em suas leituras, enfatizando a imaginação para ensinar boas maneiras, respeito, coletividade, possibilitando assim mudanças nas crianças

INTRODUÇÃO

Em sala de aula são usados variados métodos de ensino, a leitura é hoje uma das principais atividades no âmbito escolar, professores e educadores o utilizam como ponta pé inicial para alfabetização. Neste contexto podem-se abordar o uso de contos sociais e éticos para alfabetização social das crianças.

O trabalho de literatura infantil é voltado para crianças de dois a oito anos de idade, trata-se de um movimento que poderia ser mais explorado pelos educadores para que possam vivenciar um processo de aquisição de leitura, em conjunto a construção social da criança.

A hipótese construída para realização desta pesquisa é um ensino vivenciado, nesta faixa etária, intermediando o meio literário, assim ocorreriam aprendizagens mais significativas.

Temos como objetivo nesta pesquisa verificar, na literatura infantil o processo de ensino e aprendizagem dinâmico, lúdico, educacional e social.

Para desenvolvimento deste trabalho, será realizada uma pesquisa em livros e sites da internet.

A literatura Infantil tem função de influir nas três áreas vitais do homem, atividade, inteligência, afetividade que instrui suas mentes, condiciona comportamentos, expande emoções, transforma vidas, enriquece a pessoa em sua humanidade e cria oportunidades de percepção e vivencia do mundo.

 Acredita-se que o trabalho com a literatura deve ser planejado de modo que a criança possa desfrutar dela, ter momentos de prazer, como também estar à serviço de outras áreas do conhecimento, conteúdo e aprendizagem.

  1. A INFÂNCIA E SUA HISTÓRIA

Na sociedade antiga, não havia infância, nenhum espaço era definido como para adultos ou crianças. As crianças tinham suas obrigações como trabalhar e viviam junto aos adultos, acompanhavam os processos naturais da existência humana, participavam juntamente aos adultos da vida pública política, festas, guerras, audiências e execuções. Sendo assim tinham seu lugar assegurado nas tradições culturais comuns.

Bem pouco tempo atrás, a literatura infantil era vista como um gênero secundário, sendo considerada pelo adulto como algo pueril e comparado com um brinquedo. Sempre esteve ligado mais a pedagogia do que a arte.

Somente quando a infância aparece enquanto instituição econômica e social surge também a literatura como âmbito pedagógico - cultural, evitando assim, exigências que anteriormente eram parte integrante da vida social e, portanto, obvias.

“A história da literatura infantil tem relativamente poucos capítulos. Começa a delinear-se no início do século XVIII, quando a criança pelo que deveria passar a ser considerada um ser diferente do adulto, com necessidades e características próprias, pelo que deveria distanciar-se da vida dos mais velhos e receber uma educação especial, que a preparasse para a vida adulta “

(Cunha,2006, P.22)

A literatura desde o início, sempre foi associada a brincadeiras, diversões e ou aprendizado das nossas crianças seu conteúdo pode e deve ser adequado a sua capacidade e seu interesse.

“A literatura infantil é, antes de tudo, literatura, ou melhor, é arte- fenômeno de criatividade que representa o mundo, o homem, a vida, através da palavra. Funde os sonhos e a vida prática, o imaginário e o real, as ideias de sua possível e impossível realização. ’’

 (Cagneti,1996, P.7)

O livro infantil foi considerado uma obra menor destinada a passar conceitos e normas de conduta sociais, não uma obra artística que trabalha com o imaginário da criança, passou a ser valorizada poucos anos atrás.

Existe hoje uma nova maneira de escolher livros, supervalorizam os formatos, cores e tamanhos e até mesmo somente as ilustrações, se vê a aparência antes mesmo do próprio conteúdo educacional.

  1. A ALFABETIZAÇÃO SOCIAL ATRAVÉS DA LITERATURA INFANTIL

 

Como citado no texto acima, as crianças não tinham infância, eram tratadas como mini adultos. Participavam constantemente de suas obrigações: sua vida social era intensa, por consequência não havia tempo para brincar, ler ou até mesmo ser criança.

As primeiras obras publicadas visando ao público infantil apareceram no mercado livreiro, na primeira metade do século XVII, e tiveram sua ascensão a partir do século XVIII. Antes disso, a natureza da literatura infantil era a mesma que se destinava aos adultos. A única diferença era determinada pela natureza de seu leitor/receptor: a criança.

A partir do século XVIII, ocorreram grandes mudanças na cultura e na organização escolar, com isso a classe burguesa foi afetada no seu âmbito familiar, ou seja, surgiu uma nova concepção de família.

Nesse contexto, surge a literatura infantil, a fim de ajudar e contribuir na preparação cultural, por meio da adaptação dos clássicos e dos contos de fadas de proveniência folclórica.

Havia uma preocupação dos pedagogos e discentes da educação, eles sentiam a necessidade de separar a vida adulta da vida infantil. A literatura adulta nem sempre era apropriada para crianças.

Por isso, a história da literatura infantil vem sendo valorizada desde o seu início e permanece nos dias de hoje com uma preocupação maior por parte da escola e sociedade.

“Só a diversão nos desabrocha e nos liberta”

Celéstin Freinet,19896-1966

Quando se pensa em literatura infantil e alfabetização social logo pensamos em autores como Monteiro Lobato, Ziraldo, Ana Maria Machado entre outros, que veiculam em suas obras ideias bem-humoradas que transmitem ensinamentos ecológicos, igualdade social, racial e até mesmo de gênero, recriando situações lúdicas e inusitadas para transmitir tais mensagens. Os escritores procuram estabelecer uma relação com ela, eles escrevem para as crianças, tendo assim uma comunicação educacional com cada uma delas.

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