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ANÁLISE DO FILME: O SHOW DE TRUMAN

Por:   •  21/4/2018  •  Resenha  •  905 Palavras (4 Páginas)  •  1.160 Visualizações

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ANÁLISE DO FILME: O SHOW DE TRUMAN, COM VISÕES DE WEBER.

Muito antes dessa onda de shows televisivos que invadem a privacidade de pessoas anônimas ou de celebridades tomarem conta da televisão foi lançado um filme nos cinemas cuja temática explora, justamente essa questão tão essencial a todos nós, a privacidade.

"O Show de Truman", do competente diretor Peter Weir, estrelado pelo ator Jim Carrey. Truman (Jim Carrey), o sujeito do tal show, é um inocente, cuja vida tem sido transmitida ao vivo e a cores para os Estados Unidos inteiro em canal de TV paga. Desde o seu nascimento, até o momento em que a história se desenvolve, tudo o que se refere ao personagem de Carrey aparece na TV 24 horas por dia.

O problema é que ele é o único personagem dessa novela da vida real que não sabe o que está acontecendo, tudo o que ocorre ao seu redor é fictício, seu emprego é uma criação, seu casamento uma farsa assim como foram o romance, a sedução e o namoro com sua esposa, seus amigos estão junto dele por estarem cumprindo um contrato como atores da rede que transmite o "Show de Truman".

Todos e tudo que o cerca são, literalmente, artificiais. Cenários compõem a cidade da vida de Truman, os carros são sempre os mesmos, cumprindo o ritual de rodar a cidade e dar a impressão de que a vida segue seu rumo, sua normalidade. Quando vai ao supermercado e adquire um produto, as imagens de Truman segurando e comprando determinados produtos viram marketing para as mercadorias adquiridas.

Nesse ambiente de mentiras, Truman desperta quando é quase acertado por uma câmera que despenca do alto dos cenários. Seria Deus tentando alertá-lo ou seria apenas um acidente dos "deuses" da mídia televisiva que o colocam no ar todos os dias?

A partir desse incidente, sua relação com o mundo que o cerca muda completamente, ele passa a desconfiar de tudo e de todos, inicia uma procura incessante pelos olhos eletrônicos que estão a monitorá-lo todo o tempo, começa a duvidar da seriedade dos amigos e da esposa, percebe que o mundo ao seu redor repete-se com uma insistência irritante.

Max weber, filósofo, historiador e sociólogo alemão, nasceu na cidade de Erfurt em 1864 e faleceu  em Munique em 1920. Esteve, desde muito cedo, ligado á ação prática na política, sempre preocupado com o destino de seu país.

Para Max Weber a realidade é infinita e não possui um certo sentido específico, para ele a realidade é pura liberdade de possibilidades. Como no filme, onde os valores daquelas pessoas que cercavam Truman eram apenas interesses econômicos, pois cada pessoa daquela era um ator e recebiam dinheiro por isso. Para Weber a ação social compreende qualquer ação que o individuo faz orientando-se pela ação dos outros, sendo dotada e associada a um sentido, essa ação a seu ver, teria sempre um caráter subjetivo, dessa forma, seu objetivo é compreender a conduta social humana, fornecendo explicações das causas e conseqüências de sua origem, em sua concepção, seriam as atitudes que explicariam a conduta social do individuo.

Segundo Weber, a ação social é representada por tipos ideais e é caracterizada de quatro modos destintos, a partir de motivos orientados ora pela tradição, ora por interesses racionais, ora pelos afetos ou emoções. No campo real, o conjunto complexo das ações dos indivíduos na sociedade seria configurado por uma mescla diversificada dessas quatro características. Como no filme, onde as pessoas se submetiam ao choro, às emoções, ao amor, ao relacionamento entre outros sentimentos para fazer com que o protagonista real não desconfiasse de que sua vida não passava de uma farsa. As ações movidas pelos interesses racionais abriram-se em dois campos: no racional, visando fins, o individuo agiria conforme suas expectativa em relação à conduta de outros membros da sociedade, agindo racionalmente por calcular sua ação de acordo com os fins, meios e conseqüências. E as condutas emocionais ou afetivas ligadas ás motivações determinadas por esses estados vivenciais internos, baseando-se também na própria ação e não nos possíveis resultados.

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