Atualidades em Educação e Diversidade

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Vanessa Estrada Bertoni Bolanho

RA 8002400 

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SÃO PAULO

2020

Portfólio – Ciclo 2

        Leia o texto: "Educação Intercultural" e avalie como as diferenças culturais são trabalhadas na escola e na sala de aula, colocando suas considerações no Portfólio.

        Acolher, compreender, mediar, capacitar, valorizar, identificar, refletir, promover, afirmar, movimentar, dinamizar, socializar....

        Poderiam ficar elencados, verbos que se adequam ao tema proposto por várias e várias linhas, e todos eles seriam extremamente pertinentes e funcionais nas suas mais variadas aplicações, dentro de um ambiente educacional inclusivo e humanizado.

        Durante a leitura da bibliografia proposta e do texto destacado, surgiram questionamentos saudáveis e uma vontade ainda maior de aprofundar-se em uma temática que, apesar de tão atual, deveria ser de uma aplicação diuturna e corriqueira em nosso sistema educacional, e que não necessitasse ser, praticamente, inserida a fórceps naqueles que ditam as políticas educacionais, principalmente as públicas.

        Tomando por base o exemplo chileno, o que chama a atenção é a delicada preocupação do grupo em tela ao discutir a inclusão das crianças mapuches, que apesar de minoria, têm atitudes ditas discriminatórias em relação ao grupo majoritário, as quais (em minha percepção) tratam-se de atitudes defensivas e protetivas de sua cultura e individualidade, exacerbadas até por conta da sua notória timidez, a qual produz ruídos na sua comunicação e integração.

        Porém, vemos que as medidas tomadas com o objetivo de combater efeitos de processos históricos excludentes e discriminatórios, principalmente através de ações afirmativas, é um processo longo e conflituoso, permeado pela tomada de medidas provisórias até que as mudanças definitivas surtam um tal efeito na sociedade que provoquem uma completa alteração de suas realidades, e um congraçamento multicultural.

        Percebo no texto, toda uma gama de constituição de identidade, notadamente raça, etnia, religião, geração e classe social, que gera um distanciamento do povo mapuche dos outros, chamados, chilenos (aqueles identificados pelo olhar europeu de uma sociedade colonizada), podendo os mesmos enxergarem sua minoria de forma positiva ou negativa, as quais geram conflitos de identidade e transformam diferenças em graves estigmas e desigualdades. Entretanto, a atitude desse grupo de educadores, ao priorizar o permanente estudo e discussão da condição de seus alunos, leva (caso tenham o apoio efetivo dos órgãos competentes) a um movimento de denúncia, reinvindicação e inserção legítimas de um grupo fragilizado por políticas forjadas dentro de ambientes que privilegiavam, historicamente, um monoculturalismo exclusivo.

        Entendo ainda que, toda metodologia inserida com sucesso em uma comunidade precisa ser remodelada para adaptar-se, com êxito, à realidade de outra comunidade, principalmente ao tratar de um currículo culturalmente inclusivo. Tal adaptação, por vezes, transforma-se em trabalho hercúleo por uso de simples matemática, exemplificando que o Chile possui menos de dez grupos indígenas enquanto o Brasil mais de duzentos, isso sem contarmos outros grupos expressivos como quilombolas, migrantes e outros.

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