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FACEB – FACULDADE DE EDUCAÇÃO DE BOM DESPACHO CURSO DE PEDAGOGIA

Por:   •  28/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.644 Palavras (7 Páginas)  •  263 Visualizações

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IBAPAC – INSTITUTO BONDESPACHENSE PRESIDENTE

ANTÔNIO CARLOS

FACEB – FACULDADE DE EDUCAÇÃO DE BOM DESPACHO

CURSO DE PEDAGOGIA

Sara Santos Severo

A CRIANÇA E O NÚMERO

BOM DESPACHO

2015

Sara Santos Severo


A CRIANÇA E O NÚMERO

Atividade apresentada à disciplina de Metodologia da Matemática, ministrada pela professora Neila Márcia no 3º período do curso de Pedagogia Instituto Presidente Antônio CarlosIBPAC – faculdade de Educação – FACEB – Campos Bom Despacho – MG.

BOM DESPACHO

2015


INTRODUÇÃO

Em seu livro - A criança e o número Constance Kamii, faz Implicações Educacionais da Teoria de Piaget para a Atuação Junto a Escola de 4 a 6 anos, propõe-se a responder dúvidas referentes à aplicação da pesquisa e da teoria de Piaget no ensino do número. O livro tem quatro tópicos que organiza o enfoque proposto pela autora:

1) A natureza do número.

2) Objetivos para ‘ensinar’ número.

3) Princípios de ensino.

4) Situações escolares que o professor pode usar para ‘ensinar’ número.”

Em uma breve revisão sobre a prova da conservação, a autora esclarece que as crianças de quatro anos tendem a acreditar que uma determinada quantidade de objetos se altera em função da disposição destes numa superfície. Assim Piaget estabelece uma distinção fundamental entre três tipos de conhecimento considerando suas fontes básicas e seu modo de estruturação.

A NATUREZA DO NÚMERO

Diante a leitura do livro de Contance Kamii e sobre a implicação de Piaget, eles relatam que o conhecimentos diferenciam-se, considerando suas fontes básicas e o modo de estruturação, em três tipos: conhecimento físico, lógico-matemático e social (convencional). O conhecimento físico e o social são parcialmente externos ao indivíduo enquanto que a fonte do conhecimento lógico-matemático é interna.                O conhecimento físico é o conhecimento dos objetos da realidade externa: são as propriedades físicas que podem ser conhecidas pela observação. Entretanto, a relação entre as propriedades físicas de dois objetos é construída a partir do conhecimento lógico-matemático. É também o pensamento lógico-matemático que atua quando analisamos numericamente os objetos, estabelecendo relações de igual, diferente, mais etc. Assim “número é uma relação criada mentalmente por cada indivíduo.” (p.15).        Segundo Piaget, existem dois tipos de abstração: a empírica (ou simples) que consiste em focalizar uma certa propriedade do objeto e ignorar as outras; e a abstração reflexiva que envolve a construção de relações entre os objetos. Por não ter existência na realidade externa, a abstração reflexiva é uma construção realizada pela mente. A abstração reflexiva é usada para construir o conceito de número. Entretanto, esses dois tipos de abstração são interdependentes: “a criança não poderia construir a relação ‘diferente’ se não pudesse observar propriedades de diferença entre os objetos” (p.17), por outro lado, para perceber que um certo peixe é vermelho(abstração empírica), ela necessita possuir um esquema classificatório para distinguir o vermelho de todas as outras cores.                                                                                        Assim, número é, de acordo com Piaget, “uma síntese de dois tipos de relações que a criança elabora entre os objetos (por abstração reflexiva). Uma é a ordem e a outro é a inclusão hierárquica.” (p.19) A ordem é importante para assegurar que não deixamos nenhum objeto sem contar, ou que não contamos um mesmo objeto duas vezes. A inclusão hierárquica diz respeito à capacidade de compreender que um está contido em dois, dois está contido em três, e assim sucessivamente.                                Se perguntarmos, por exemplo, a uma criança de quatro anos se existem mais animais ou vacas no mundo. Elas terão dificuldades em responder porque o seu pensamento ainda não é flexível o suficiente para ser reversível. A reversibilidade diz respeito à habilidade de realizar mentalmente operações opostas. No exemplo acima, a criança não consegue cortar o todo ‘animais’ em partes e as reunir mentalmente.                Assim sendo, a teoria de Piaget contradiz o pressuposto comum de que os conceitos numéricos podem ser ensinados pela transmissão social. As palavras um, dois, três... São exemplos de conhecimento social, contudo, os conceitos numéricos não são adquiridos através da linguagem. Por outro lado, número também não é alguma coisa conhecida inatamente, por intuição. Assim, a estrutura lógico-matemática do número é construída através da criação e coordenação de relações e não pode ser ensinada diretamente porque a criança tem que construí-la por si mesma.

OBJETIVOS PARA “ENSINAR” NÚMERO

Para que possamos entender a implicação pedagógica dos temas tratados no 1º capítulo é preciso compreender o contexto global da obra de Piaget. Sendo o conceito de número uma construção interna de relações, é preciso estimular, nas crianças, a autonomia para estabelecer entre os objetos, fatos e situações todos os tipos possíveis de relação.                                                                                        Para Piaget, o desenvolvimento da autonomia deve estar no centro de qualquer proposta educativa. Autonomia é o ato de ser governado por si próprio, o oposto de heteronomia que significa ser governado por outra pessoa. É muito importante destacar que a autonomia é social convencional, moral e intelectual.                                Assim, o conceito de número não pode ser “ensinado” às crianças pela via da apresentação e repetição desse conceito pelo professor. É preciso que as crianças construam estruturas mentais para abarcar esse conceito e a melhor forma de fazer isso é estimulando-as a colocar todas as coisas em todos os tipos de relações.

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