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LITERATURA INFANTIL

Por:   •  14/9/2015  •  Projeto de pesquisa  •  4.760 Palavras (20 Páginas)  •  239 Visualizações

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Universidade Anhanguera – Uniderp

CURSO- PEDAGOGIA

TUTOR PRESENCIAL: MIRCE MARIA SANTELLI

ACADÊMICAS

DAIANE CARVALHO DOS SANTOS  RA: 385909

SUZETE MARIA DE MOURA NOVAES  RA: 385911

A LITERATURA INFANTIL PROMOVENDO O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

NAVIRAÍ - MS

2015

A LITERATURA INFANTIL PROMOVENDO O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

RESUMO

A importância das narrativas para toda a criança, desde as  de berço é considerado primordial para o seu desenvolvimento. A imaginação alimentada pelas diferentes histórias contadas pelo adulto, a curiosidade aguçada pelos diversos tipos de livros  oferecidos pela escola ou pela família torna  o momento  de leitura rico e único. A leitura na primeira infância exige contexto porque sabemos que os bebês não leem, o fato é que a leitura na educação infantil tem um papel fundamental na vida de uma pessoa, é um processo reflexivo, disparado pela prática de ler que nos permite compreender melhor uma situação do cotidiano. Faz-se necessário diferenciar quem apenas decodifica o alfabeto de quem lê efetivamente. Os contos, as histórias, as cantigas de roda e as cantigas de ninar ajudam nessa importante tarefa de comunicação, de elo entre a criança, seus pais, e o professor, mas permite também a construção de um espaço do segredo e das fantasias que sua imaginação permite criar.

Palavras-chave: Leitura, Literatura Infantil, Aprendizagem.

 INTRODUÇÃO

 

        O presente artigo tem como objetivo abordar a  importância da  literatura infantil desde a primeira infância, oferecendo a oportunidade de despertar o interesse pela leitura e demonstrar a importância da apreciação de histórias clássicas e não clássicas.

.         Desse modo, é evidente considerar que o contato precoce com a literatura repercute na qualidade da alfabetização.

        No entanto, há outra tarefa aparentemente mais simples e, ao mesmo tempo, muito mais complexa, que nós, adultos, podemos assumir: a de oferecer o material simbólico inicial para que cada criança comece a descobrir o mundo por meio da imaginação aguçada que a literatura proporciona.

        Consideramos importante acrescentar a importância das manifestações literárias folclóricas estendidas pelo país que agradam e enriquecem o trabalho do professor quando utilizado de maneira coerente e respeitando as faixas etárias.

        Tendo em vista esses apontamentos, podemos validar que essa pesquisa nasceu do interesse em saber como acontecem os momentos de leitura para a primeira infância no ambiente escolar? Quais são os recursos utilizados? Quais os maiores obstáculos enfrentados pelos educadores para a realização das narrativas?

        Para isso foi realizado uma pesquisa de campo em uma escola de primeira infância no município de Naviraí/MS que atende crianças de 0 a 5 anos de idade, nos períodos parcial e integral, são oito os professores envolvidos nessa pesquisa  que atendem crianças dos Berçários, Maternais e Jardim III.

        Como referencias teóricos nos apoiamos nos seguintes estudiosos: Yolanda Reyes, Ninfa Parreiras, Regina Zilbermam e outros, que trazem importantes sugestões para trabalhar a literatura na primeira infância, assim como as narrativas realizadas pelo adulto, interferem positivamente no desenvolvimento infantil.

  1. A IMPORTÂNCIA DAS NARRATIVAS DE HISTÓRIAS NA PRIMEIRA INFÂNCIA

        

        No meio de tantos significados dados a importância das narrativas para as crianças desde os primeiros dias de vida tentou conciliar para ressaltar que somos sujeitos à linguagem e que lemos antes de ler, já que alguém decifra e dá sentido a nossos primeiros signos de existência. Poderíamos também aceitar que nascemos envoltos, perplexos e fascinados em meio ao mistério de uma voz.

        Da mesma forma que se sabe que o bebê ainda não entende as palavras e a lógica que as encandeia entre si, sabemos que essa forma verbal provoca nele uma espécie de encantamento e constitui seu texto originário de leitura. Certamente o bebê não entende nada o que houve, em troca aprende a reconhecer a melodia e os ritmos de linguagem.

        Essa fascinação com a materialidade da voz que situa o indivíduo no território do poético e matiz o dramatismo da ausência mediante o ritmo nos coloca do lado da não lógica, para ressaltar as ressonâncias afetivas que ligam as palavras com a vida para nos prover um abstrato de nutrição emocional.

        Considerando que a narração oral não é um ato individual, não é algo que se faz sozinho Zilberman (1985, p. 25) afirma que a atenção infantil ao ritmo e à musicalidade como primeiros organizadores da língua não se manifesta apenas na literatura, mas também na linguagem cotidiana; e a prova disso é o “maternês” e o “partenês” ou “parentes”, termos consagrados pelos especialistas para caracterizar a forma de falar especialmente destinadas aos bebês que tem características prosódicas e de conteúdos bem diferentes da fala dirigida aos adultos.

        Além de ser portadora de história e de nutrição infantil, a carga de matizes e entonações que a voz adulta transporta também oferece à infância um texto para uma escuta cada vez mais útil e para ensaio de sua própria voz.

        Machado (1998, p. 41) diz que “ a atividade de contar histórias constitui-se numa experiência de relacionamento humano que tem uma qualidade única, insubstituível”. Se constituem no modelo por excelência para a criança que se inicia na língua materna: os tons, os encadeamentos e os novos vocábulos que eles transmitem e que em muitas ocasiões, mais significados, suscitam múltiplas interpretações, proporcionam um treinamento auditivo que fortalece a consciência metalingüística infantil, ou seja, a capacidade para pensar na linguagem.

        Trata-se do momento em que duas ou mais pessoas se reúnem para contar algo por meio de palavras, gestos, ritmos, expressões, olhares e silêncios.

A faculdade de desbaratar, recompor, recriar, explorar e jogar com as palavras às vezes disparatadas da tradição oral e da poesia acaba sendo crucial no processo de produção que a criança está vivendo. Ela poderá recorrer a essa capacidade mais tarde, quando enfrentar as tarefas de alfabetização formal, como um arquivo sonoro e lúdico que lhe permitirá lidar com as arbitrariedades da linguagem escrita (REYES, 2010, p. 51).

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