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O Ludico na Educação Infantil

Por:   •  20/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  5.396 Palavras (22 Páginas)  •  200 Visualizações

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O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

RODRIGUES, Ivonete Sodre.[1]

BOLFE, Juliana[2] 

Resumo: A educação infantil durante muito tempo não era vista como um meio de educar, de formação, a educação de crianças com idade de até seis anos era responsabilidade exclusiva dos pais, as creches eram apenas para cuidar das crianças enquanto as mães trabalhavam, sem formação pedagógica e métodos de ensino para as crianças, eram cuidadas por mulheres sem formação, que eram apenas cuidadoras. Por muitos anos foi assim, apenas com o crescimento de escolas infantis particulares que adotavam métodos pedagógicos inovadores, como na Europa, é que o governo começou a realizar ações e legalizar a educação infantil, expandindo a mesma por todo o território nacional com o objetivo de educar, através de métodos específicos para essa idade. Na legislação educacional do Brasil a educação infantil ganhou espaço, passou a ser responsabilidade do governo e da família cuidar do desenvolvimento integral da criança. Diante disso, as preocupações com os métodos de ensino também surgiram, como sabemos as atividades lúdicas são fundamentais nessa modalidade da educação, pois, faz parte do desenvolvimento da criança. O lúdico permite que a criança se desenvolva por completo, conheça a si mesma e ao outro, interaja com os colegas e com o professor e seja educada de maneira divertida e prazerosa. Esse trabalho busca aprofundar essas questões através de pesquisas bibliográficas que enfocam o tema: o lúdico na educação infantil.

Palavras-chave: lúdico, educação infantil, práticas pedagógicas.

  1. INTRODUÇÃO

A educação infantil e o lúdico são inseparáveis, pois, estamos lidando com crianças que ainda não possuem maturidade para serem educadas a partir de métodos tradicionais, científicos e metódicos. A criança desde muito cedo aprende e se desenvolve através de brincadeiras, jogos e brinquedos capazes de proporcionar a elas momentos de concentração e prazer, fazendo com que ela conheça a si mesma e aos outros.

A brincadeira é inerente a toda criança e não pode deixar de fazer parte do ambiente familiar e escolar, a melhor maneira de ensinar as crianças da fase da educação infantil é através do brincar, dos jogos pedagógicos, da música, da interação. Essas atividades devem ser sempre mediadas pelo professor com objetivos a serem alcançados e que envolvam algum aprendizado específico.

As atividades lúdicas permitem o desenvolvimento integral da criança, em todos os aspectos: físico, motor, psicológico, cognitivo e social. Através de práticas de ensino pensadas para essa faixa etária, que vai de zero a seis anos, podemos alcançar uma educação transformadora e de qualidade.

Esse trabalho foi realizado através de pesquisas bibliográficas que irão aprofundar o tema, apresentar e enfatizar a importância do lúdico na educação infantil, além de permitir melhor conhecimento acerca dessa modalidade de ensino, fundamental para os profissionais da educação infantil.

  1. DESENVOLVIMENTO

2.1História da Educação Infantil

A educação compreende uma das etapas da educação básica do país, responsável por atender crianças de zero a seis anos de idade. E busca o desenvolvimento integral da criança em todos os aspectos, físico, intelectual, psicológico e social. A educação infantil é um momento muito importante da carreira educacional da pessoa, onde o aluno pode aprender a realizar atividades cotidianas, aprender a cuidar do corpo, a compartilhar experiências com os colegas, amadurecem e conhecem melhor a si mesmas e ao outro.

Por muitos anos a educação infantil era vista apenas como um meio de prestar assistência as crianças que os pais trabalhavam o dia todo e não tinham com quem deixar. Segundo Paschoal e Machado (2009, p. 79),

                                         Do ponto de vista histórico, a educação da criança esteve sob a responsabilidade exclusiva da família durante séculos, porque era no convívio com os adultos e outras crianças que ela participava das tradições e aprendia as normas e regras da sua cultura. Na sociedade contemporânea, por sua vez, a criança tem a oportunidade de frequentar um ambiente de socialização, convivendo e aprendendo sobre sua cultura mediante diferentes interações com seus pares.

Depois de muita luta dos profissionais da educação deixou de ser assistencialista para conquistar lugar de grande importância para o desenvolvimento integral da criança. A educação infantil permite que a criança aprenda e conviva com as diferenças, conheçam o funcionamento e as normais sociais do ambiente em que está inserida. É uma modalidade de ensino que possui suas especificidades, pois, a criança vai para as creches e pré-escolas na maioria das vezes sem realizar atividades com independência, como: tomar banho, vestir-se, comer, etc. Na instituição os alunos acabam aprendendo a realizar atividades simples do nosso cotidiano, amadurecem e aos poucos conquistam sua independência.

A educação infantil surgiu em meio ao cenário político e econômico, grandes industrias precisavam de suas funcionárias inteiramente concentradas na função, então, criou-se dentro das fábricas espaços para que os filhos das trabalhadoras pudessem ser cuidados, além de estarem mais perto das mães, para que elas pudessem trabalhar tranquilas. Com ações políticas criaram as creches públicas, para que as mães que trabalhassem pudessem deixar seus filhos.

                                         Enquanto para as famílias mais abastadas pagavam uma babá, as pobres se viam na contingência de deixar os filhos sozinhos ou colocá-los numa instituição que deles cuidasse. Para os filhos das mulheres trabalhadoras, a creche tinha que ser de tempo integral; para os filhos de operárias de baixa renda, tinha que ser gratuita ou cobrar muito pouco; ou para cuidar da criança enquanto a mãe estava trabalhando fora de casa, tinha que zelar pela saúde, ensinar hábitos de higiene e alimentar a criança. A educação permanecia assunto de família. Essa origem determinou a associação creche, criança pobre e o caráter assistencial da creche. (DIDONET, 2001, p. 13, apud PASCHOAL; MACHADO, 2009, p. 82).

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