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Resumo de Avaliação e Aprendizagem Matemática na Educação Básica

Por:   •  29/6/2023  •  Resenha  •  1.341 Palavras (6 Páginas)  •  74 Visualizações

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LICENCIATURA INTERDISCIPLINAR EM MATEMÁTICA E COMPUTAÇÃO E SUAS TECNOLOGIAS


 

RISOLANIA AMARO DOS SANTOS QUERINO







RESUMO DO ARTIGO: Currículo, Avaliação e Aprendizagem Matemática na Educação Básica


PORTO SEGURO/BA

2022

RESUMO DO ARTIGO: Currículo, Avaliação e Aprendizagem Matemática na Educação Básica.     DE: Célia Maria Carolino Pires

Neste presente resumo adota-se a expressão “currículo de Matemática” inserida numa concepção segundo a qual currículo:

É uma práxis antes que um objeto estático emanado de um modelo coerente de pensar a educação ou as aprendizagens necessárias das crianças e dos jovens, que tampouco se esgota na parte explícita do projeto de socialização cultural nas escolas. É uma prática, expressão da função socializadora e cultural que determinada instituição tem, que reagrupa em torno dele uma série de subsistemas ou práticas diversas, entre as quais se encontra a prática pedagógica desenvolvida em instituições escolares que comumente chamamos ensino. (SACRISTÁN, 1998, p. 15-16)

Ao assumir essa concepção, marcamos a diferença entre ela e aquela concepção ainda muito presente de que currículo é simplesmente o processo centrado na definição de objetivos e conteúdos a serem trabalhados em cada etapa da escolaridade.

Considerando especialmente as últimas quatro décadas, podemos afirmar que as discussões sobre por que, o que e como ensinar e avaliar nas aulas de Matemática foram influenciadas por pesquisas na área de conhecimento denominada Educação Matemática.

Linhas de pesquisa se constituíram, colocando foco em temas como tecnologias, resolução de problemas, investigações, processos cognitivos e linguísticos, multiculturalismo, apenas para citar alguns. Burton destaca que a Matemática apresentada de forma axiomatizada, que se mostra como paradigma de objetividade, rigor e convergência, não é mais que uma opção cultural, entre outras, igualmente legítimas, de interpretar o conhecimento matemático. Rico defende que a Matemática não é alheia às finalidades gerais, como aquisição de hábitos intelectuais, capacitação para atividades profissionais, formação para a paz, mas afirma que é preciso concentrar-se em finalidades mais específicas, próprias da Educação Matemática.

No que diz respeito à seleção de conteúdos, alguns autores trazem contribuições importantes, como é o caso de Doll Jr. e Bishop. Doll Jr. primeiro estabelece seus quatro Rs como critérios para definição de um currículo pós-moderno, que são apresentados em contraposição aos três Rs presentes no currículo estadunidense no início do século passado, enfatizando o aspecto relacionado às necessidades de mão de obra que, em geral, se restringiam à operação de máquinas que revolucionavam as indústrias da época. Há ainda estudos que contribuem para a organização curricular, com a proposição de modelos, como o clássico currículo em espiral de Bruner, os mapas conceituais ligados às ideias ausubelianas de aprendizagem significativa, os currículos em rede, que destacam as conexões entre os temas. Essa brevíssima retomada evidencia o avanço de fundamentos teóricos para pensar o currículo como «práxis antes que um objeto estático emanado de um modelo coerente de pensar a educação ou as aprendizagens necessárias das crianças e dos jovens», no dizer de Sacristán.

Estudiosos do assunto, como Moreira, consideram que uma das principais marcas do pensamento curricular brasileiro atual é a mescla entre o discurso pós-moderno e o foco político na teorização crítica. Assim, consideramos que é questão urgente, em nosso país, refletir sobre nossas posições e nos perguntarmos se é possível – e como – amalgamar ingredientes tão diversos.  

Autores como Sacristán avaliam que não é fácil pensar na possibilidade de um núcleo de conteúdos curriculares obrigatório para todos, que ofereça aos indivíduos iguais oportunidades de êxito escolar.  Ele defende a ideia, com a qual concordamos, de que a cultura geral de um povo depende, em parte, da cultura que a escola torna possível, assim como dos condicionamentos positivos e negativos que se desprendem dela.

É também Sacristán que assinala ser o currículo um dos conceitos mais potentes, estrategicamente falando, para analisar como a prática docente se sustenta e se expressa de forma peculiar dentro de um contexto escolar.  

O fracasso escolar, a desmotivação dos alunos, o tipo de relação entre estes e os professores, a igualdade de oportunidade, dentre outros aspectos, são preocupações de conteúdo psicopedagógico e social que têm concomitâncias com o currículo que se oferece aos alunos e com o modo como é oferecido.  

As novas concepções pedagógicas, embasadas na ciência da educação, sinalizaram a reforma curricular expressa nos Parâmetros Curriculares Nacionais, que surgiram como importante proposta e eficiente orientação para os professores.  Além do currículo composto pelas disciplinas tradicionais, propõem a inserção de temas transversais como ética, meio ambiente, pluralidade cultural, trabalho e consumo, entre outros.

 Mesmo estabelecido o status de não obrigatoriedade para os PCN, no período de 1999 a 2002, alguns projetos6 foram desenvolvidos em diversas localidades do Brasil, configurando-se como uma etapa inicial de implementação das ideias veiculadas nos PCN.No período de 2003 a 2010, o Ministério da Educação publicou «Orientações Curriculares para o Ensino Médio», mas não coordenou ações focadas no debate curricular.

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