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Trabalho Psicologia do Desenvolvimento e Teorias da Aprendizagem: Pinóquio as Avessas

Por:   •  13/10/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.947 Palavras (8 Páginas)  •  815 Visualizações

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UNIVERSIDADE PAULISTA

nome de aluno um

nome de aluno dois
nome de aluno tres

nome de aluno quatro

PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E TEORIAS DA APRENDIZAGEM
abordagens do processo de ensino no livro “Pinóquio as avessas”

SÃO PAULO

2016

nome de aluno um

nome de aluno dois
nome de aluno tres

nome de aluno quatro

PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E TEORIAS DA APRENDIZAGEM
abordagens do processo de ensino no livro “Pinóquio as avessas”

Trabalho para a disciplina de Psicologia do Desenvolvimento e Teorias da Aprendizagem, do curso de graduação de Psicologia, na Universidade Paulista – UNIP, campus Sorocaba.

Orientadora: Profa.  Nome da professora

SÃO PAULO

2016


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................... 3

2 ABORDAGENS TRADICIONAL……………..….............................................………….3

3 ABORDAGEM HUMANISTA ..............…………….....................................................…..4

4 ABORDAGEM COMPORTAMENTAL……………………………………………...…..5 5 CONCLUSÃO……………………………………………………………………………...6

REFERÊNCIAS...................................................................................................................….7


  1. 1. INTRODUÇÃO

Foi proposto para este trabalho o relacionamento entre as abordagens de ensino estudadas no início do segundo semestre e a obra “Pinóquio as Avessas”, de Rubem Alves, famoso psicanalista, educador, teólogo e escritor, considerado um dos maiores pedagogos brasileiros de todos os tempos. O livro narra a história de Felipe, uma criança feliz e curiosa que vivia  fazendo perguntas das mais variadas na busca de entender o mundo a sua volta, e tinha um interesse especial por pássaros, gostaria de saber o nome de um pássaro azul que desconhecia.
Seu pai dizia para ele que na escola se encontrariam as respostas para suas perguntas, mas, ao chegar a idade escolar, Felipe se depara com situações um tanto quanto confusas. Ao invés de encontrar respostas para suas perguntas, foi orientado a não fazer perguntas fora de hora, não pensar em assuntos diferentes dos impostos pelos professores, não questionar. Conforme foi pressionado a crer que estava errado, deixou para trás o desejo de aprender sobre os pássaros e decidiu simplesmente seguir as orientações recebidas. Estudou, se formou, tornou-se um profissional de sucesso, mas se sentia frustrado e não sabia o motivo. O final da história sugere que ele não se sentiu plenamente realizado no fim da vida, por não ter sido fiel a si mesmo e aos interesses que faziam parte de sua essência.


  1. 2. ABORDAGEM TRADICIONAL

Na abordagem tradicional nos deparamos com o estilo de pedagogia Diretiva, que se baseia na epistemologia empirista, ou seja, enxerga o aluno como uma “tábula rasa”, e o professor como um ser pronto possuidor de todo o saber e capaz de “transferir” o conhecimento para o aluno, a partir de um modelo de repetição e reprodução onde a inteligência se resume a acumular informações e onde não há possibilidade de troca. Essa forma de ensino foi chamada por Paulo Freire de Educação Bancária, ou seja, aquela onde o professor “deposita” o conteúdo no aluno, que deve se submeter a autoridade do professor, não tendo assim a chance de desenvolver o pensamento crítico e construir o próprio conhecimento. Citando Mizukami, "Esse tipo de ensino volta-se para o que é externo ao aluno: o programa, as disciplinas, o professor. O aluno apenas executa prescrições que lhe são fixadas por autoridades exteriores". (1986, p.8). Essa é a abordagem adotada pelos professores da escola de Felipe. Em determinado momento, o menino se pergunta “- Quer dizer que o que eu aprendi fora da escola, não vale nada lá dentro?” E é exatamente isso o que acontece quando se trata desse tipo de abordagem. Todos pertencem a um sistema pré-existente e se alguém não seguir às regras deste, estará fadado ao fracasso.  

Nessa abordagem, a avaliação é realizada predominantemente visando a exatidão da reprodução do conteúdo comunicado em sala de aula. Daí a consideração de provas, exames, chamadas orais, exercícios etc, que evidenciem a exatidão da reprodução da informação. O exame acaba tendo um fim em si mesmo. Quando, no livro, o pai de Felipe explica para ele o conceito de notas, o menino pergunta:  “Quer dizer que, se eu tiver nota 4, tenho que repetir o ano inteiro, mas se eu tiver 5 passo  de ano... que diferença faz só um! [...] Mas papai, isso está certo? A diferença de um ponto na nota pode ter o mesmo valor que um ano de vida?” E seu pai não é capaz de lhe responder, afinal, a incoerência do sistema tradicional de ensino estava sendo evidenciada na constatação de uma criança de apenas poucos anos de vida.
É importante frisar, que a abordagem tradicional não é baseada em teorias empiricamente validadas de ensino, aprendizagem, desenvolvimento humano etc, mas sim constituída essencialmente de uma prática transmitida de geração a geração.

3. ABORDAGEM HUMANISTA

Felipe, o protagonista do livro, como toda criança era curioso e buscava respostas para suas perguntas. Acreditando que os adultos teriam as respostas, perguntava a eles que, por sua vez, nem sempre conseguiam responder o menino. O pai dele então o introduziu a ideia de escola, um lugar onde ele obteria respostas, aprenderia a ser um adulto, a ganhar dinheiro. A escola porém se mostrou falha porque não respondia as perguntas a que o menino desejava as respostas, mas sim a outras perguntas cujas respostas não despertavam de fato o interesse de Felipe. A escola de abordagem tradicional acabou por podar as asas do menino que deseja voar livre como um pássaro, e o limitou ao que ela podia oferecer. A abordagem humanista, por sua vez, propõe que o aluno voe por caminhos que ele decida conhecer. Acredita que o ser humano é curioso por natureza, e tem um conhecimento valioso em si, que precisa ser desenvolvido, e o papel da escola seria prover um ambiente onde o conhecimento fosse trabalhado. O professor é um facilitador, e não um transmissor. O protagonista apaixonado por pássaros buscava saber mais sobre eles, essa busca o levou a conhecer diferentes espécies e suas hábitos e cantos. Toda sua bagagem e curiosidade foi desconsiderada na escola por não ser “útil”. O que torna um conhecimento útil, o que pode definir o que é útil a uma pessoa, senão ela mesma? No caso seria o conhecimento que cairia na prova. Numa escola onde a abordagem humanista fosse praticada, Felipe poderia buscar o conhecimento que ele precisasse para matar sua curiosidade. Uma frase do capitulo referente à abordagem humanista do livro Ensino:As Abordagens do Processo tem um paralelo interessante com uma passagem do livro Pinóquio as Avessas: “O conhecimento é inerente a atividade humana. O ser humano tem curiosidade natural para o conhecimento.” Mizukami, pág 44. “Felipe era muito curioso. Curiosidade é uma coceira que dá dentro da cabeça, no lugar onde moram os pensamentos. A curiosidade aparece quando os olhos começam a fazer perguntas. Os olhos das crianças são sempre curiosos”. Pinóquio as Avessas pág 13. Infelizmente o personagem tem sua curiosidade cortada, ele deviria buscar saber outras coisas, não o nome do pássaro azul que tanto o instigara. Que interessante seria se a professora de português, ao invés de empurrar um conhecimento já enlatado, provesse ao aluno meios de ele construir isso a partir de seus interesses. Nem todos são iguais, aprendem da mesma maneira ou velocidade e a abordagem humanista não só respeita as peculiaridades como as usa em favor do indivíduo. “Na escola é diferente. Só levam prêmios os que chegam na frente. Mas onde é a frente?” Pinóquio as Avessas, pág 34. A frente para cada um pode ser diferente, um mundo só de médicos e advogados morreria de fome, valorizar as diferenças e incentivar a produção de conhecimento e a responsabilidade de decidir o rumo de sua vida é o diferencial desta abordagem. “ ...a experiência pessoal e subjetiva é o fundamento sobre o qual o conhecimento é construído, no decorrer do processo de vir-a-ser da pessoa humana.” Mizukami, pág 43. O professor nessa abordagem não-diretiva não teria um metodologia específica, pois o contato com cada aluno pode gerar necessidades diferentes e por sua vez soluções diferentes valorizando a construção de conhecimento do estudante. “ao olhar para o sorriso de Felipe, o professor percebeu que ele não estava prestando atenção.”Pinóquio as Avessas pag 37. Nessa passagem do livro o professor censura o aluno por não estar prestando atenção, mas na verdade o menino estava prestando atenção, mas no pássaro e não no que o professor falava. O que o professor estava ensinando baseado num programa que não vislumbra as singularidades do individuo, não podia ser considerado mais importante do que o que ele desejava aprender. É sobre o desejo do conhecimento que está a pedra de base. O aluno escolhe o que vai aprender, pois entende que isso é necessário a ele. Cresce um adulto que sabe tomar decisões, tem em mente o que quer e como chegar ao alvo.

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