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O Curso de Licenciatura em Pedagogia

Por:   •  31/3/2022  •  Trabalho acadêmico  •  808 Palavras (4 Páginas)  •  108 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO[pic 1]

CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES[pic 2]

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB

Curso de Licenciatura em Pedagogia – Modalidade EAD

                              AD1  – 2022.01

Disciplina: Língua Portuguesa na Educação 1

Coordenadora: Profa. Janaína Moreira Pacheco de Souza

Aluno(a):_FERNANDA ROCHA DA SILVA________________________________  

Matrícula:___21212080121________Polo: ___TRÊS RIOS___________________             

                     

 A interdiscursividade como alternativa ao fracasso escolar

MACHADO, M. L. C. A; LOPES, P. S. V. C; SENNA, L. A. G. Notas sobre fracasso e diversidade: os sentidos do aprender e do não aprender na escola. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. esp. 5, p. 2837-2854, dez. 2020.

O texto ora analisado constitui-se em um relato de pesquisa de base teórico- conceitual, no qual é apresentada uma discussão acerca das proposições teóricas que, embora se apresentem como um olhar interdisciplinar da Educação, acabam por supervalorizar uma perspectiva clínica e biológica da aprendizagem em contexto escolar, a despeito de ser esta marcada por diversidades em diferentes formas.

O estudo encontra-se dividido em três partes: análise crítica das assim chamadas teorias biologizantes do fracasso escolar, com ênfase no papel que desempenham no processo de estigmatização do sujeito escolar; análise do papel dos estudos culturais para o avanço na compreensão do fracasso escolar, e descrição conceitual das noções discursivas que contribuem para a compreensão dos processos de construção de conhecimento sob a perspectiva da diversidade cultural.

Ao discorrer sobre as Teorias biologizantes e a perpetuação de estigmas da não aprendizagem os autores explicitam como a escola utiliza-se de um discurso de saúde como justificativa do fracasso escolar. Destacam que tais teorias apoiam-se em um olhar preconceituoso que discrimina e rotula crianças das classes populares ao creditar o fracasso escolar apenas a condições de saúde individuais do aluno desconsiderando problemáticas sócio-políticas, pedagógicas, institucionais, linguísticas ou afetivas.

Prosseguem os autores apresentando a dicotomia entre o saber intraescolar e o saber extraescolar tendo em vista que estas crianças, rotuladas como as que apresentam dificuldade de aprendizagem, chegam às escolas cheias de conhecimento de questões vivenciadas fora do ambiente escolar mas, ao se depararem com um ambiente que não considera sua bagagem cultural, apresentam dificuldades em absorver o saber escolar.

Após, passam os autores a apresentar de que forma os estudos histórico-culturais contribuíram para a superação da noção de sujeito do fracasso escolar.

“Estudos como de Vygotsky (2007) e Bruner (1986) corroboram tal entendimento ao sinalizarem para as implicações do meio cultural no funcionamento da mente e na constituição da linguagem, permitindo a compreensão de que diferentes sujeitos interagem e conceituam a escrita de modos diversos, uma vez que apresentam organização e operação mentais singulares, que, por sua vez, implicam formas diversas de interação com o mundo, com o outro e com a cultura escrita. (p. 9).

Neste ponto é possível depreender que, ao deslocar a discussão sobre aprendizagem da área da saúde para a área da cultura, conseguimos enxergar a criança tal como ela é, com sua bagagem cultural que muitas vezes se difere da bagagem cultural da criança branca, de classe dominante, com seu modo de pensar cartesiano, tão valorizado e necessário para o saber escolar.

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