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Resenha do Filme "Uma História de Amor e Fúria"

Por:   •  18/10/2020  •  Resenha  •  1.576 Palavras (7 Páginas)  •  1.276 Visualizações

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FACULDADE SÃO LUÍS DE FRANÇA

GEOVANNI MOTA SILVA FERREIRA

RESENHA DO FILME “UMA HISTÓRIA DE AMOR E FÚRIA”

DISCIPLINA: PRODUÇÃO E RECEPÇÃO DE TEXTO DOCENTE: NADJA TATIANE PINHEIRO COELHO RAMOS

ARACAJU – SE 2020

Resenha: “Uma História de Amor e Fúria” é uma animação brasileira, lançada no ano de 2013, escrita e dirigida no por Luís Bolognesi, produzido pela Gullane e Buriti Filmes, com a coprodução        da        Lightstar        Studios. O filme conta a história de um homem imortal que vive por quase 600 anos e pôde participar de quatro fases importantes da história do Brasil, protagonizando junto a ele, Janaína, a sua grande  paixão,  o  motivo  para  seguir  a  sua  missão  e  a  certeza  do  reencontro.   Abeguar, como era chamado, era um índio Tupinambá, nascido em Guanabara, atualmente Brasil, o seu povo era conhecido por ser guerreiro e a tradição era que os homens para serem reconhecidos como tal, precisaria matar uma onça, então Abeguar saiu para a caçar e foi surpreendido por Janaína, que vestiu-se com couro de onça pintada para assusta-lo, mas o que ela não imaginava, era que o cheiro do couro poderia atrair algum animal selvagem, logo, uma onça-preta se aproximou e o perigo se tornou eminente. A beira do precipício, Abeguar e Janaína são salvos graças ao Deus Munhã que dar o poder do voo ao índio e a sua eternidade, mas, lhe custaria uma missão: conduzir seu povo para terra sem mal, lutando contra Anhangá (espírito     representado     por     pessoas     más,     dor,     o     mal     em     geral). Despertara em Abeguar e Janaína o início de uma paixão, nessa mesma fase, no ano de 1556, está procedendo-se o período de colonização do Brasil, período conflituoso entre portugueses, franceses e seus respectivos aliados, o que acabou decidindo o destino do seu povo, mesmo Abeguar lutando bravamente para protege-los, os colonizadores portugueses dizimam sua tribo, Janaína é morta e as crianças são levadas como escravas, nesse contexto, o filme retrata as consequências sofrida pelo povo indígena no período da colonização.

Abeguar, se joga de um penhasco, desistindo de viver depois de perder sua tribo e seu grande amor Janaína, mas o Deus Munhã, não permite que ele morre, transformando-o em pássaro, voa para     longe,     tentando     deixar     para     trás     a     dor     que     o     acometeu.      Depois de quase 200 anos vivendo em uma floresta do Norte, sem ter contato com seres humanos, ele reencontra Janaína, no corpo de outra mulher (reencarnada). O encanto se quebrou e o homem retornou a forma humana, com características físicas diferentes do que havia sido, o protagonista passa a chamar-se Manuel do Balaio, um negro não escravo. Ter Janaína de volta, lhe trouxe imensa felicidade, posteriormente casados, tiveram duas filhas, enquanto Janaína era dona de casa, Manuel do Balaio trabalhava como artesão, produzindo balaios para vendar em feiras, viviam uma vida humilde, na Vila de Manguá, em Maranhão. Mesmo vivendo com dificuldade, sua família ajuda escravos que fugiram das terras de seus proprietários para um quilombo e quando os soldados suspeitaram dos seus atos, vão ao encontro deles, ameaçando-os, abusando de sua filha mais velha, estavam vulneráveis, Manuel do Balaio então decide deixar a Vila de Manguá e ir para a cidade de Caxias, lá ele percebe que o governo promovia atos abusivos com as pessoas e Manoel do Balaio organiza um movimento contra o abuso e as desigualdades sociais, denominado Balaiada.

A Balaiada, ocorreu numa fase importante para a história do Brasil, na época do Brasil-Império, reunindo artesões, escravos, vaqueiros e demais pessoas de baixa renda, sem direito a cidadania e aquisição proprietária de terras contra o monopólio elitista.

O movimento conseguiu tomar Caxias, porém, os políticos investiram em armamento e recrutamento de soldados sob ordem do Coronel Luís Alves, atacando violentamente a cidade e caçando os participantes do movimento, Manoel do Balaio foi morto a tiros, transformando- se em pássaro, e sua família escravizada, morta alguns anos depois por malária e febre amarela, o coronel, tornou-se conhecido como o Duque de Caxias, recebendo diversas homenagens, “o

grande herói pacificador”, como conhecido pelo governo, além de patrono do exército Brasileiro.

Passaram-se cento e trinta anos. Dessa vez, na cidade do Rio de Janeiro, 1968, prosseguia uma nova fase no brasil: os militares tinham tomado o poder e iniciado uma ditadura. Não havia liberdade. Quem não obedecia, era preso, poderia ser torturado e morto.

Janaína estava numa ação democrática, um movimento de resistência dos estudantes. O encanto se quebrou, dessa vez, o protagonista chamava-se Carlos Estrada. Janaína estava comprometida com outro homem, ainda assim, Carlos para se aproximar de seu amor, adentrou ao movimento democrático, logo, os militares descobriram o grupo e tiveram que se esconder, tornaram-se guerrilheiros, assaltavam bancos e promoviam ações revolucionárias em prol do povo que mais uma vez, vivencia a opressão, tortura, dor e momentos de trevas. Em uma das ações, realizadas por       Carlos        e        Janaína,        eles        são        identificados        e        presos.   Carlos foi torturado para revelar onde seu grupo estava escondido, mas permaneceu resistente, então os militares ameaçaram de torturar Janaína fazendo com que ele cedesse, entregando-os. A polícia entrou em confronto direto com o grupo, matando alguns componentes e prendendo os demais além do Carlos, a Janaína foi liberada e retornou ao seu lar. Os antigos aliados de Carlos, agora presos, passaram a odiá-lo, ele se aproxima de um outro detento que se chamava Joselinton de Jesus, conhecido como Feijão. O tempo passou e com a anistia, os presos em decorrência        movimento        democrático        são        liberados. Carlos passa a morar na favela e junto a “Feijão”, continua a sua luta por justiça e igualdade, mas por pouco tempo, a polícia invade a favela e mais uma vez, Carlos é morto e ressurge pássaro. O contexto da época relatada no filme, mostra o sofrimento na luta contra a atual forma de governo no Brasil, a democracia e as ações violentas que ocorrem nas favelas.

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