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TCC Pedagogia A Importância do Brincar

Por:   •  9/11/2022  •  Monografia  •  5.948 Palavras (24 Páginas)  •  98 Visualizações

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RESUMO

A brincadeira traz muitos benefícios para o desenvolvimento da criança, sendo uma atividade basilar na idade pré-escolar. Este trabalho procura refletir sobre como o lúdico favorece o crescimento físico, cognitivo e afetivo dos estudantes que frequentam a educação infantil. Analisa como atitudes tomadas pelo professor ou como a visão da escola sobre o brincar podem favorecer ou não o desenvolvimento integral da criança. Procura entender como esta vivencia o brincar e discute sobre o papel da brincadeira e do brinquedo para o crescimento intelectual e emotivo do educando. Através de revisão bibliográfica de autores como Moyles,Barbosa,Vygotsky, Piaget, Brougére, Kishimoto, Fontana e Cruz, dentre outros, busca-se comprovar a importância do lúdico na educação infantil e de como através do brincar a escola  pode  oferecer uma educação “humanizada” que favoreça a formação de pessoas conscientes e preocupadas com o próximo. Ele foi divido em dois capítulos que buscam conceituar e contextualizar o brincar na vida do educando e de outros atores sociais que participam e interferem na sua aprendizagem. Procura trazer a tona o quanto a brincadeira é essencial ao infante e alguns dos seus benefícios.


INTRODUÇÃO

Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento integral da criança. É uma linguagem que os pequenos usam para descobrir o mundo, interagir com o outro, se manifestar, conhecer seus limites e se conhecer como sujeito social. Quando incentivada, ajuda na aquisição de habilidades e desenvolve a imaginação e a autonomia.

Desde pequena, o infante já brinca, primeiramente com o seu corpo, e depois com objetos e situações que enriquecerão o seu mundo, tornando-o maior e mais interessante. As brincadeiras podem acontecer quando está sozinha ou em grupo, como o propiciado pela educação infantil.

A escola pré-escolar é o lugar adequado a desenvolver atividades lúdicas dirigidas e livres que façam o brincar ser mais que uma atividade de passatempo, mas um momento de aprendizagem significativa de capacidades de socialização, memória, imitação, imaginação e de tornar a vida uma pouco mais feliz. Afinal, esse deveria ser o objetivo da educação, educar para ser feliz.

Objetivamos, com este trabalho refletir sobre como o lúdico favorece o crescimento físico, cognitivo e afetivo dos estudantes que frequentam a educação infantil. Analisar como atitudes tomadas pelo professor ou como a visão da escola sobre o brincar podem favorecer ou não o desenvolvimento integral da criança. Procurar entender como esta vivencia o brincar e discute sobre o papel da brincadeira e do brinquedo para o crescimento intelectual e emotivo do educando.

Para realização deste trabalho, utilizaremos pesquisa bibliográfica fundamentada em autores que vêem o brincar como uma atividade séria e que deve ser desenvolvida pelos na educação infantil com constância e sabedoria.

O trabalho será estruturado em dois capítulos. No primeiro capítulo, conceituarmos o brincar discutiremos sobre a relação da escola, do professor, da família e da criança com o brincar. Analisaremos o papel do brinquedo na brincadeira. No segundo capítulo, refletiremos sobre como o brincar é importante para a criança em vários aspectos da sua vida. Procuraremos demonstrar como o desenvolvimento da socialização, da imaginação, da autonomia e uma vida mais equilibrada e feliz podem estar ligados ao ato de brincar.


1 O QUE É O BRINCAR?

Brincar é uma das atividades humanas fundamentais para o desenvolvimento da autonomia e do conhecimento do mundo e de pertencimento das crianças. Ao serem introduzidas nessa prática, elas assimilam e recriam experiências socioculturais dos adultos. (WAJOKOP, 1995, p.25)

A autora define o brincar tomando como base a concepção sócio-antropológica:

A brincadeira, na perspectiva sócio-antropológica, é um tipo de atividade cuja base genética é comum à arte, ou seja, trata-se de uma atividade social, humana, que supõe contextos sociais e culturais, a partir dos quais a criança recria a realidade através da utilização de sistemas simbólicos próprios. Ao mesmo tempo, é uma atividade específica da infância, considerando que, historicamente, esta foi ocupando um lugar diferenciado na sociedade. Esta ultima, por seu lado, desenvolveu-se do ponto de vista tecnológico e de suas relações sociais, estabelecendo padrões simbólicos de compreensão e (re)criação de si própria, através do desenvolvimento da arte e da cultura, cujos instrumentos são apropriados pelos adultos. (Ibidem, p.28-29)

Para Brock (2011, p.5), o conceito de brincar varia segundo alguns fatores como cultura, experiências prévias, treinamento e do papel profissional. Ela relata que:

Alguns consideram que o brincar é uma questão ligada ao desenvolvimento, e não a educação: outros que brincar é somente para crianças: ou que o brinquedo não pode ser contaminado pela interferência dos adultos, sendo livremente escolhido pelas próprias crianças; ou que divertir-se é o elemento-chave para definir o que é brincar.

Brincar para os infantes representa uma forma de linguagem, uma maneira de enfrentar o mundo, de expressar seus sentimentos e de entrar em contato novas experiências, mas acima de tudo um momento de prazer e diversão. Moyles (2002, p.11) afirma que brincar é “um meio pelo qual os seres humanos e animais exploram uma variedade de experiências em diferentes situações, para diversos propósitos”.

Segundo Barbosa (2011, p.36), “brincar pode ser visto como o modo de ser, de estar e de experimentar o mundo pelas crianças”. É uma prática que auxilia no desenvolvimento infantil, ajudando na construção ou potencialização de diversos conhecimentos e habilidades.

Brincar pode ser um modo de aprender. Aprender conceitos, habilidades, competências, enfrentar e superar limites através do lúdico, do riso, da troca entre os pares. Brougére (1998, p.138) nos diz que “(...) o mundo do tempo livre das crianças, especialmente dos jogos é cheio de sentido e significações, e é simbólico”.

Macedo (2007) coloca que o educando

(...) aprende a usar as representações para simbolizar, isto é, recriar a seu modo às coisas e pessoas que lhe são caras. Aprende a jogar ou brincar com a realidade, para representá-la. No processo de desenvolvimento, essas transformações separam sua vida em antes e depois.

Brincar configura-se como uma necessidade básica. Brincando a criança vai modificando sua realidade, experimentando e utilizando as regras e papéis sociais, ela vai se formando como sujeito social. Além disso, “nas brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação”. (RCNEI, 1998:22)

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